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Lucro da Petrobras no 2º tri é o melhor resultado desde o mesmo período de 2011

O lucro registrado pela Petrobras no segundo trimestre, de R$ 10,072 bilhões, é o maior desde o segundo trimestre de 2011, quando a companhia teve resultado positivo de R$ 10,9 bilhões. O lucro no semestre, de R$ 17,033 bilhões, foi também o melhor para o período desde 2011.

Nos dois casos, em 2011 e 2018, o que pesou foi a alta do petróleo. A diferença é que em 2011 os preços não eram repassados ao consumidor, o que limitava a geração de caixa, e ainda contou o fato de a petroleira ter registrado naquela ocasião crescimento da produção.

Investimentos

Os investimentos da Petrobras totalizaram R$ 11,311 bilhões no segundo trimestre deste ano, baixa de 1,23% em relação à cifra de igual intervalo de 2017, de R$ 11,452 bilhões, e alta de 14% em relação aos desembolsos do primeiro trimestre, de R$ 9,948 bilhões.

A maior parte dos investimentos foi direcionada à área de Exploração e Produção (E&P), que recebeu R$ 9,717 bilhões de abril a junho deste ano, alta de 6,91% ante o segundo trimestre de 2017.

Na sequência, apareceram os segmentos de Abastecimento, com aporte de R$ 930 milhões (recuo de 12% ante o segundo trimestre de 2017); Gás & Energia, com R$ 381 milhões (valor 65,86% menor em relação a abril a junho de 2017); Distribuição, com R$ 111 milhões (44% mais do que em igual intervalo de 2017); Biocombustível, com R$ 11 milhões (queda de 26,6% ante o segundo trimestre do ano passado); e Corporativo, com R$ 161 milhões (64,3% superior a igual intervalo de 2017).

Fluxo de caixa livre

A Petrobras encerrou o segundo trimestre deste ano com um fluxo de caixa livre positivo de R$ 16,373 bilhões, com aumento de cerca de 75% ante fluxo de igual período de 2017 e aumento de 26% na comparação com o primeiro trimestre. Trata-se do 13º trimestre consecutivo positivo nessa linha do balanço.

O montante corresponde aos recursos gerados pelas atividades operacionais subtraídos dos investimentos em áreas de negócios.

As captações totalizaram R$ 7,973 bilhões entre abril e junho de 2018, ante R$ 30,960 bilhões no segundo trimestre de 2017 e R$ 19,258 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

Semestre

No primeiro semestre, o fluxo de caixa livre totalizou R$ 29,366 bilhões, valor 29% superior ao primeiro semestre do ano anterior. Segundo a Petrobras, o avanço se deu, principalmente, em função da maior geração operacional, aliado à menor realização dos investimentos no período.

Custo de extração

O custo de extração (lifting cost) da Petrobras no Brasil, sem a participação governamental, ficou em US$ 10,68 o barril no segundo trimestre deste ano, abaixo dos US$ 11,21 o barril apurados no mesmo intervalo de 2017 e também dos US$ 11,51 o barril reportados no primeiro trimestre deste ano.

Com a participação governamental, o custo foi de US$ 24,43 o barril, ante US$ 18,71 o barril em igual intervalo do ano anterior e US$ 23,58 o barril no primeiro trimestre deste ano.

Itens especiais

Os itens especiais resultaram em perda de R$ 1,344 bilhão à Petrobras no segundo trimestre deste ano, ante perda de R$ 1,841 bilhão no mesmo intervalo de 2017 e ganho de R$ 2,613 bilhões no primeiro trimestre.

O montante teve três itens principais: perda de R$ 1,477 bilhão com efeito de variação cambial sobre contingências; resultado negativo de R$ 1,138 bilhão com alienação e baixa de ativos; e perda de R$ 967 milhões com perdas de crédito esperadas referentes ao setor elétrico.

Nem mesmo o ganho de R$ 2,068 bilhões de uma renegociação de dívidas com a Eletrobras conseguiu compensar os efeitos negativos.

De qualquer forma, no primeiro semestre, a estatal teve ganho de R$ 1,269 bilhão com itens especiais, ante perda de R$ 2,383 bilhões em igual intervalo de 2017.

Refinarias

Diante da menor competição com produtos importados, o fator de utilização do parque de refino da Petrobras no Brasil atingiu 81% no segundo trimestre deste ano, o que representa um avanço de 9 pontos porcentuais na comparação com os primeiros três meses do ano e de três pontos em relação a igual período de 2017.

Por outro lado, o aumento da carga processada nas refinarias pressionou a exportação de petróleo, que diminuiu.

Houve ainda aumento das importações de petróleo pela estatal, devido à maior carga processada e ao volume importado para processamento no próximo trimestre, explicou a empresa.

O saldo líquido de importação de derivados foi em decorrência do aumento das vendas no mercado interno, principalmente do diesel.

Fernanda Nunes, Denise Luna, Márcio Rodrigues e Karin Sato
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