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Livro conta a história da tragédia de Mariana para crianças e jovens

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Do alto de um Ipê amarelo incrustado nas montanhas de Minas, um joão-de-barro vê a lama escorrer da barragem de Fundão, destruir Bento Rodrigues e seguir rumo ao mar. A narrativa simples e objetiva é o foco do livro infantojuvenil “O João-de-Barro e o Mar de Lama”, escrito pela jornalista Grazi Reis. A publicação pela Páginas Editora, que apresenta as ilustrações primorosas do premiado cartunista Quinho Ravelli, será lançada em 10 de novembro, em Belo Horizonte.

O livro conta a história da maior tragédia ambiental do Brasil. Aborda os principais pontos: o rompimento da barragem de Fundão, nas proximidades de Mariana, a fuga dos moradores de Bento Rodrigues, a destruição do vilarejo, o percurso da lama até o mar e o drama dos moradores que perderam suas casas.

O personagem que narra a história é o joão-de-barro, Jão. Do alto de sua árvore e voando pelas proximidades, ele vê a lama avançar. Jão fica apreensivo, perde o fôlego. “E Jão chorou…” destaca o trecho em que ele vê vidas e sonhos sendo levados pela lama.

Grazi Reis é jornalista. Trabalhou por quase 20 anos no jornal Estado de Minas como repórter e subeditora. Foi assessora de imprensa da Fundação Renova, onde produziu conteúdo específico sobre o tema e acompanhou de perto o drama da tragédia de Mariana (a Fundação Renova foi criada por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta para cuidar dos impactos causados pelo rompimento da barragem de Fundão). Hoje, ela é editora da Revista FAEMG/SENAR, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, com reportagens voltada para os produtores rurais mineiros.

“O João-de-Barro e o Mar de Lama” é o primeiro livro infantojuvenil escrito por Grazi Reis. “Desde que comecei o trabalho na Fundação Renova, e vi de perto o drama da tragédia de Mariana, pensei em contar esta história de uma forma que não fosse tão pesada”, afirma. “A escolha do personagem joão-de-barro como narrador foi pelo fato dele usar o barro para construir sua própria casa. Ele e os filhotes já têm suas casinhas na região. E, após três anos do rompimento de Fundão, os moradores de Bento Rodrigues seguem na espera pela reconstrução de seu vilarejo e de seu modo de vida”, reforça. A autora também escreve contos e foi convidada para participar do livro “Sombras”, coletânea de contos de autores mineiros lançada em 2007.

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