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Linha verde: moradores de Vitória temem insegurança com “carona solidária”

Linha Verde Camburi
A linha verde estava desativada desde o dia 21 de março. Foto: Thais Rossi

A linha verde, faixa exclusiva para ônibus, vans e táxis na Avenida Dante Michelini (sentido Jardim Camburi), em Vitória, voltou a funcionar novamente nesta terça-feira (10). A novidade é que agora veículos com três ou mais passageiros também poderão trafegar pela via. A chamada “carona solidária” vai funcionar até às 20h, de segunda a sexta, e até às 14h aos sábados.

Segundo a prefeitura de Vitória, a carona solidária é uma forma de melhorar a mobilidade urbana dentro do conceito de coletividade. Na prática, são três ou mais pessoas que percorrem trajetos iguais ou parecidos usando o mesmo veículo, o que faria a quantidade de carros nas ruas diminuir.

A reportagem foi às ruas conversar com os populares sobre a nova medida. A maioria deles considera que a carona solidária pode ser perigosa, e não faria o fluxo na via melhorar. A estudante Geicielly Souza é uma das que reclama da possível falta de segurança que a carona pode gerar.

“Você não conhece a índole da quem que está dentro do carro. Seria uma boa se as pessoas fossem confiáveis. Mas acho que diminuiria bastante o número de pessoas no transporte público e pode ajudar na flexibilidade do ir e vir, para chegar onde se quer mais rápido”.

A advogada Fabíola Louzada considera a linha verde uma medida interessante. Porém, diz que só tem coragem de fazer uso da carona solidária com conhecidos e familiares. “Eu tive experiências ruins com carona. Perdi um amigo assim. Não concordo que ela aconteça com pessoas estranhas. É um risco muito alto e uma confiança plena em um estranho. Mesmo com conhecidos é preciso tomar cuidado! A Linha Verde vai trazer agilidade. Porém, a carona solidária não. Para mim, é risco”.

O aposentado Celso Luíz Pires acha que abrir uma exceção para que carros também usem a linha verde foge a ideia original. “Hoje são três pessoas para cima. Daqui a pouco o idoso também quer, assim como os deficientes. Começar a abrir esse leque vai complicar e fazer com que ela perca o sentido. Ela é pensada para quem anda de ônibus e também para tentar nos tirar do carro para o transporte público. Acho que a carona solidária não vai ser legal. Nem táxi deveria trafegar na Linha Verde. Somente ambulância, bombeiros e ônibus”.

Liminar

A linha verde foi desativada no dia 21 de março. O pedido foi fruto de uma ação popular, destinado ao município, ao prefeito Luciano Rezende e ao secretário de Trânsito, Transportes e Infraestrutura Urbana, Thyago Hoffamann. A liminar previa uma multa de R$ 50 mil por dia caso a decisão não fosse cumprida. A requerente afirmou no pedido que a Linha Verde causou grande transtorno no trânsito da capital e foi implantada sem que houvesse nenhum debate com a população de Vitória.

O juiz Mário da Silva Nunes Neto, da 3ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Municipal, Registros Públicos, Meio Ambiente e Saúde de Vitória, foi quem acatou o pedido. No entanto, o desembargador substituto Delio José Rocha Sobrinho, da 2ª Câmara Cível, atendeu o recurso da Prefeitura.

Na decisão, o desembargador substituto afirmou que o município demonstrou, por meio de documentação juntada aos autos, que teria realizado as audiências públicas pertinentes antes da implementação do Projeto Linha Verde, “o qual, diga-se de passagem, ao que parece, permaneceu em discussão junto à comunidade por mais de dez anos”.

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