O Sambão do Povo, no bairro Mário Cypreste, em Vitória, pode ser privatizado e ganhar um novo administrador. O edital está sendo elaborado e deve ser publicado até o dia 30 agosto. Entre os interessados está à Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo-Especial (Lieges). A estimativa é que a parceria público-privada gere uma economia de R$ 300 mil aos cofres da Prefeitura de Vitória.
O secretario de turismo, trabalho e renda, Leonardo Krohling informou que o carnaval está mantido, assim como a Escola de Ciência, Biologia e História (destinada aos alunos da rede municipal), duas escolas de remo e um espaço no bloco A (para uma agência de qualificação profissional). O objetivo principal é usar o sambão além do carnaval, para atividades culturais e de entretenimento.
“Ressalto que o sambão foi criado para o carnaval, então não é um problema, mas uma solução para o espaço. Tem data e execução garantidas nos termos do edital que esta sendo construído. O que faremos é conceder para mais atividades. Dependendo do concessionário, pode ter Food Truck, música, show gospel e diversas atividades nesse sentido”.
Informou ainda que o caso foi discutido com o então presidente da Liga Espírito-Santense das Escolas de Samba (Lieses), Rogério Sarmento. Isso aconteceu antes da divisão que resultou na criação da Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo-Especial (Lieges), em maio.
“Tudo esta sendo construído no edital. Será um gasto a menos para a prefeitura, parte de um projeto de economia municipal. É um estudo de viabilidade econômico e cultural, analisado com a Liga das Escolas de Samba e empresários da área de entretenimento. Foi super positivo”, finalizou o secretario.
O presidente da Lieges, Rogério Sarmento, confirmou a informação. Mas disse que tudo vai depender do edital e de processo licitatório, caso aconteça. Informou ainda que apoia iniciativa de utilizar o espaço mais vezes durante o ano e que as conversas com a prefeitura são positivas e semanais.
“Caso a Liga seja responsável, vai criar outras alternativas. Mas para termos essa definição é preciso estudar o edital. Não temos nada certo e vamos avaliar internamente se é viável. Entendo que o sambão foi construído para o carnaval, mas tem que haver outras alternativas. Tem condições, mas falta espaço. Talvez seja o momento ideal para isso”.
Escolas de Samba
O presidente da Andaraí, Márcio Ricardo, disse que está prevista uma reunião com o prefeito para discutir o assunto e entender as vantagens e desvantagens da concessão. Por isso, prefere opinar após isso. Mas segundo ele, se o modelo previsto funcionar como no Estado de São Paulo, onde o período carnavalesco acontece sem custo para as escolas, será positivo. “Não adianta privatizar e querer alugar para o carnaval. Também acho que se for para melhorar o turismo, é vantajoso”.
O presidente a Mocidade Unida da Glória, Robertinho da MUG, disse que o assunto ainda não foi discutido com o prefeito da capital, Luciano Rezende. Mas considera o tramite positivo, desde que o acordo não prejudique o carnaval. “Falta sentar com a gente para alinhar nossa parte. As escolas dão vida, mas a casa é da prefeitura. Está correto, talvez até nos traga lucro”.
O presidente da Unidos da Piedade, Edvaldo Teixeira, disse desconhecer o processo e por isso, preferiu não opinar.