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Lama continua: ministra diz que população afetada pode revitalizar rio Doce

Por  Pedro Permuy

coletiva_governo_com_a_ministra_do_meio_ambiente_izabella_teixeira___bruno_barros__34_-158774Os 800 quilômetros de extensão da calha principal do rio Doce, entre Minas Gerais e Espírito Santo, são a fonte de sustento de inúmeras famílias ribeirinhas que vivem da piscicultura. Após a passagem da lama de rejeito, vinda do rompimento da barragem da Samarco Mineração, no distrito de Mariana, em Minas Gerais, estão sem ter o que fazer e sem renda para suprir sequer as necessidades básicas.
Além disso, mesmo depois de mais de 40 dias do rompimento das barragens, a lama continua descendo por conta das chuvas que têm caído no local do acidente. Essas precipitações fazem com que mais rejeito seja mexido e dessa forma é criado um novo ciclo de avanço do material que, de acordo com a empresa responsável, não é tóxico.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, explica que é por isso que ações de curto, médio e longo prazo precisam ser elaboradas simultaneamente. Para a ela, esse contingente populacional pode ser convocado para colaborar com o plano de revitalização do rio Doce, de forma a ser usado como trabalho manual para o reflorestamento, limpeza e reestruturação das calhas do manancial.
“Foi uma agressão de grande magnitude”, diz a ministra, sobre o acontecimento. Ela completa afirmando que após as ações que o governo está programando, serão cobrados o posicionamento e plano de ação da empresa responsável, que também precisa ser punida pela maior tragédia ambiental da história do país.
coletiva_governo_com_a_ministra_do_meio_ambiente_izabella_teixeira___bruno_barros__128__min_bfcef-158786Teixeira garante que o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, lhe cedeu informações que dão conta de que a Samarco Mineração tem interesse em negociar extrajudicialmente o plano de recuperação e indenização que deve ser paga aos afetados. A ministra diz que a melhor saída, nesse caso, é a proposta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Mesmo assim, Teixeira ressalta que as obrigações da empresa responsável serão as mesmas e não é porque não será tratado no âmbito judicial que o acordo não será cumprido e não será igualmente punitivo. A ministra também afirma que desconhece quaisquer laudos verídicos que apontem a não potabilidade da água do rio Doce e justifica índices de metal no bem hídrico dizendo que o manancial possui garimpos de ouro.
Além disso, a ministra frisa que o rio já estava num estado de degradação avançado, e por isso, a presença de metais pesados já era medido e está registrado em aferições que aconteceram antes da passagem da lama. “O próprio sedimento que está no fundo do rio, que foi remexido, pode conter algum nível de metal que acabou influenciando nas análises”, conta Teixeira.
A ministra pontuou laudos que afirmam que a água está imprópria para consumo como insustentáveis. Ela garante nunca ter visto situações em que esses laudos que contradizem as análises oficiais prevaleçam.

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