O Tribunal Regional do Distrito Federal (TRF-1) revogou a prisão do ex-presidente do Banestes, Vasco Cunha Gonçalves. A decisão é do Desembargador Ney Bello.
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A decisão, em caráter liminar, saiu na última terça-feira (5). Vasco Cunha Gonçalves foi preso durante a operação “Circus Maximus”, no dia 29 de janeiro.
Na decisão, o desembargador diz que não há provas suficientes para manter Vasco Cunha Gonçalves preso. “Demais, a autoridade apontada coatora deixou de demonstrar quais seriam os elementos concretos que a levaram a entender que, solto, o paciente continuará cometendo crimes. Há apenas suposições nesse sentido, nenhum indício sequer foi apontado na decisão”.
O desembargador considera também que a ordem econômica, um dos motivos alegados para a prisão de Vasco Cunha Gonçalves, haja vista que “ele não mais ocupa qualquer cargo de direção na instituição bancária”.
Prisão
Vasco Cunha Gonçalves estava recém-empossado na presidência do Banestes, quando foi preso durante a Operação “Circus Maximus”, que investiga esquema de pagamento de propinas a diretores e ex-diretores do Banco de Brasília (BRB) – o qual ele foi presidente por quatro anos -, em troca de investimentos em projetos como o do extinto Trump Hotel, no Rio de Janeiro, atualmente LSH Lifestyle.
O esquema foi delatado pelos executivos da Odebrecht, do corretor Lúcio Bolonha Funaro, operador de propinas para o MDB, e do empresário Ricardo Siqueira Rodrigues. Rodrigues montou, em sociedade com Paulo Renato, o Fundo de Investimento em Participações (FIP) LSH para captar dinheiro para o extinto hotel.
