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Julgamento de ex-vereador começa com manifestações proibidas pelo juiz em VV

Fórum de Vila Velha
Júri acontece no Fórum de Vila Velha. Foto: Thais Rossi

Começou nesta quinta-feira (10), no Fórum de Vila Velha, o julgamento do ex-vereador de Mimoso do Sul, José Jardel Astholpho, acusado de ser um dos mandantes do assassinado do empresário Sebastião Carlos de Oliveira Filho.

A família da vítima alugou um carro de som para protestar na porta do local, mas o Juiz Romilton Alves Vieira Junior, proibiu essa e outras manifestações no júri, sob a pena de os responsáveis serem retirados algemados pela Polícia Militar.

José Jardel Astholpho chegou ao Fórum de Vila Velha às 10h03, e entrou pelo acesso restrito. A expectativa é que 13 pessoas sejam ouvidas ao longo do dia: cinco testemunhas do réu e outras oito convocadas pela Justiça Pública (entre elas o Deputado Estadual Gilson Lopes, o primeiro a ser chamado para oitiva). O processo tem 13 volumes, 2685 folhas e consta como homicídio qualificado.

O sobrinho de Sebastião Carlos, Henrique Vivas Oliveira, explicou que o protesto com carro de som foi espontâneo, organizado por um familiar que integra o Movimento Vem pra Rua, por estar indignado com a demora do processo e solução do caso, que já dura dez anos.

“Por ser primo, ele tomou a iniciativa hoje cedo de fazer um trabalho de áudio, pedindo justiça. A atitude do juiz é muito particular. A rua é pública e ele fez, assim como faz a nível nacional. Fez porque precisamos de justiça para o coletivo, não só para nossa família. Estamos numa situação critica em termos de justiça no país. Pode ser que ele faça isso até nos próximos júris que acontecerem aqui”, afirmou Henrique.

Segundo Henrique, a família está desgastada e tem total expectativa por justiça. Contou que o tio era muito afetuoso e próximo a ele. Mas o dia a dia e de convivência amorosa foram interrompidas de forma bárbara. Sebastião foi executado na frente da esposa e filhas, quando saia para trabalhar.

“O advogado está com todas as provas necessárias para condenar o acusado. Estamos muito tranquilos quanto à isso. Todas as linhas de investigação levam ao suspeito que está aqui sendo julgado. O executor e o condutor já confessaram o crime e também que o mandante é quem está aqui sendo julgado. A família está aguardando o resultado muito confiante”.

Os familiares do réu também compareceram ao júri, mas preferiram não gravar entrevista.

O caso

O empresário Sebastião Carlos de Oliveira Filho tinha 47 anos quando foi assassinado, em julho de 2008, em Mimoso do Sul. De acordo com familiares, ele saía de casa e foi abordado por um rapaz que teria feito um pedido de emprego. Logo após a abordagem, o homem executou Sebastião, na frente da esposa e filhas.

Sebastião era cunhado de José Jardel. Os dois eram donos de um posto de combustíveis em Mimoso do Sul, que tinha um contrato avaliado em mais de R$ 200 mil com a prefeitura. Segundo a denúncia do Ministério Público, o acusado teria recebido parte do dinheiro, mas não repassou à vítima. Depois de ser constantemente cobrado, ele teria decidido mandar matar o sócio.

As investigações apontaram ainda a participação de dois policiais no caso. Ao todo, três pessoas já chegaram a ser presas em decorrência do processo, dentre elas o próprio ex- vereador José Jardel Astholpho,  que ficou detido por um mês.

Após a prisão, José Jardel entrou com recurso e foi liberado. Outro júri chegou a ser marcado no ano passado, mas foi suspenso já que uma testemunha não poderia comparecer.

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