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Jucutuquara dá aula do protagonismo negro no Sambão do Povo

Jucutuquara dá aula do protagonismo negro no Sambão do Povo
Foto: Bernardo Barbosa/ESHOJE

Para quem nunca ouviu falar em “Griot”, a Escola de Samba Unidos de Jucutuquara ensinou sobre a cultura africana, através desse enredo, transformando em samba os contadores de história das tribos antigas do continente.

O objetivo principal do enredo foi apresentar o negro com protagonista de sua própria história. A Coruja tenta levar para a comunidade vermelha, verde e branca o título após dez anos.

Já de início, a comissão de frente representava um mito africano que tratava de um ser que possuía e guardava diversas histórias de sua tribo, o que foi representado com mais ênfase no primeiro carro alegórico da escola. Um negro ao centro seria o Griot que tinha ao seu redor outras pessoas adquirindo sabedoria.

O carro apresentou uma lentidão no início por cerca de dois minutos o que resultou em um grande espaço do veículo para as alas anteriores, velha guarda e comissão de frente. Porta-bandeira e mestre sala vieram logo após o primeiro carro alegórico. A bateria surgiu após a ala que representava os produtores de ouro. O rei da bateria, Leonardo Bremenkamp, desfila pela escola há dez anos e foi o primeiro rei de uma bateria na história do carnaval capixaba, no ano passado.

Torcida

O público em geral aderiu  ao refrão da escola que dizia “Jucutuquara, eu me orgulho em dizer: o meu sorriso hoje e sempre é para você” e dançavam bastante juntamente com o refinado batuque da bateria.

Mais problemas

O carro que fechou o desfile da escola retratava um negro próspero no futuro e foi bastante aplaudido pela torcida. Porém, no início do Sambão o veículo teve problemas de locomoção e uma forte fumaça saiu. Mesmo assim, a Jucutuquara conseguiu cumprir o prazo e chegou ao final com uma hora e três minutos.

Um novo pensamento sobre o negro

Para o carnavalesco Vanderson Cesar, o enredo ressignifica a figura da cultura africana, representado por personagens negros no Brasil. “’Griot’ é como eram chamados os contadores de história da África antiga, e nós queremos dar um novo significado mostrando quem são essas pessoas no Brasil. Os Griots foram representados através de personalidades que contavam suas histórias através da arte”.

Uma dessas pessoas foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil, Carolina Maria de Jesus, autora do livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”. De acordo com o carnavalesco a escola buscou dar visibilidade a essas pessoas que nem sempre são lembradas. “Viemos mostrar a importância da representatividade. Outra homenageada foi Mercedes Baptista, primeira bailarina negra do país”.

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