Dois jovens meninos e um amor em comum: velejar. Os velejadores do Iate Clube do Espírito Santo, Miguel Moura Machado, 12 anos, e Pedro Henrique Pianna, 14 anos, começam a trilhar um caminho de muita dedicação, disciplina para chegarem ao sucesso. A pouca idade é superada pelo talento e experiencia dos dois velejadores que representarão o Espírito Santo e o Brasil no Norte Americano de Vela, que será realizado desta terça-feira, 26, a 01 de julho, em Puerto Vallarta, no México.
A vaga para a competição foi garantida após a somatória do resultado do Campeonato Brasileiro, realizado em janeiro em Salvador, e o Campeonato Brasil Centro, realizado em Cabo Frio, Rio de Janeiro em abril. Pedro Pianna, garantiu em Salvador o 20º lugar geral na flotilha ouro que tinha um total de 83 atletas e fez uma excelente seletiva, já Miguel, foi destaque na seletiva na categoria infantil, subiu mais de 30 colocações no ranking e garantiu a vaga para o Norte Americano.
Miguel conta que começou na vela aos 6 anos, na escolinha Cabo Velho. “Entrei na escolinha durante uma colônia de férias, no início era uma forma de me divertir, mas com o tempo e com os treinamentos fui subindo de nível e começou a ficar mais sério. Hoje, mesmo estudando em período integral, estou me dedicando e treinando bastante”. Sobre participar de uma competição internacional, o jovem velejador completa. “Poder disputar uma competição internacional é gratificante por todo o esforço que venho fazendo, pelos treinamentos. Na minha visão não adianta ter um dom e não ter disciplina, não ter esforço. Tem que treinar muito, muito mesmo. O treinamento é que irá ganhar e trazer bons resultados”.
A vela entrou na vida do Pedro Henrique Pianna há dois anos, e hoje o atleta já é o 15º no ranking nacional na classe Optimist e tem uma rotina diária voltada para o esporte. “Entrei na vela por acaso, queria fazer um esporte e um amigo do Renato sugeriu a escolinha de vela do Clube. Entrei e adorei. Comecei a velejar, conhecer os barquinhos e fui me desenvolvendo. Hoje, estou tendo uma oportunidade única e estou muito feliz com tudo que venho vivenciando. Passei a treinar cincovezes na semana, sai do integral no colégio para poder me dedicar mais a vela. Tenho acompanhamento com nutricionista, preparador físico e treino bastante. Poder participar de uma competição internacional é excepcional, estou muito honrado. Irei aproveitar e aprender o máximo possível, pois o nível do Norte Americano é altíssimo e reúne atletas de várias partes do mundo”. E sobre o futuro na vela, Pedro completa. “ Gostaria muito de fazer uma campanha olímpica e se hoje eu tivesse que escolher uma classe seria a 420, para mais tarde poder correr na 470 que é uma classe olímpica”.
