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Jovens abusam dos estimulantes sexuais de forma “recreativa”

por Gustavo Gouveia – [email protected]

{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2013/01/22/1_viagra2-376-50ff16366ec28.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'50ff1635798d9', 'cd_midia':374, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2013/01/22/viagra2-374-50ff1635851a8.jpg', 'ds_midia': 'viagra', 'ds_midia_credi': 'Divulgação', 'ds_midia_titlo': 'viagra', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '300', 'cd_midia_h': '200', 'align': 'Left'}Ser uma “máquina do sexo”. Esse é o objetivo de muitos jovens quando vão para a cama com as suas companheiras ou mesmo quando fazem sexo casual. E para se mostrarem como tal, para impressionarem e satisfazerem a parceira completamente, recorrem cada vez mais aos estimulantes sexuais, sobretudo aos remédios que prometem tratar a tão temida disfunção erétil.
No último levantamento de que se tem notícia sobre o uso de estimulantes sexuais o Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo, constatou que um em cada cinco homens de 20 a 35 anos ingerem estimulantes de forma ‘recreativa’, visando em geral melhorar e prolongar o desempenho sexual. A Sociedade Brasileira de Urologia acredita que o panorama se repete nas capitais que compreendem o Sudeste e o Sul do país.
Viagra, Cialis e Levitra são alguns desses remédios utilizados como experiência por alguns jovens e até passam a ser usados continuamente por outros. Especialistas constataram que os motivos pelo uso cada vez mais cedo vão desde o medo de falhar até a vontade de ter uma performance de ator de vídeo pornográfico.
Dalva Machado, psicóloga especialista em sexualidade, destaca a ‘impotência psíquica’. “É a falta de confiança em si mesmo, o medo de falhar, uma insegurança pautada na falta de educação e orientação sexual”, define. Já a psicóloga clínica Júlia Reis completa afirmando que os jovens estão consumindo estimulantes empurrados pelo desejo de se auto afirmarem, garantindo o domínio do macho sobre a fêmea.
“Os jovens têm medo de não serem aceitos. Isso os leva a testar ao máximo o seu limite. Quando procuram este comprimido que lhes pode proporcionar um êxtase sexual além daquilo que é natural querem ser vistos como machos potentes. O sexo é praticado apenas para provar que conseguem ser mais potentes. É um problema de autoestima, pois um jovem em plena função ativa não precisa usar esse tipo de medicamento”, opina a psicóloga.
O psicoterapeuta Raymond Francis, diz que grande parte dos casos que atende relacionados a estimulantes sexuais é de homens com idade média de 30 anos e que não têm problemas físicos, mas utilizam o remédio por causa da expectativa elevada que colocam em relação à performance sexual. Ele diz que o fácil acesso à pornografia têm influência neste comportamento. “As performances de vídeos deixam impressões profundas e irreais sobre o que as mulheres esperam e sobre o que os homens deveriam fazer”, alerta.
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A.D.R., 28, é funcionário público solteiro e sua primeira preocupação é sentir-se bem e atraente fisicamente. Ele tem um corpo musculoso e esculpido por muita malhação com a ajuda – ele admite – do uso de anabolizantes dos mais diferentes tipos. “Já tomei de tudo”, afirma.
O uso contínuo de anabolizantes sem orientação tem consequências na vida do funcionário público. Ele admite que não consegue ter relações sem o uso de estimulantes sexuais e sempre sai “acompanhado da azulzinha”. “Saio quase todo o final de semana. Hoje com R$ 10 você consegue comprar a pílula, é muito acessível. Não precisa de prescrição médica. Sempre que saio levo uma na carteira para se for rolar algo. Não dispenso”, relata.
Já para o assistente administrativo B.G.B, 24, a pílula dá a sensação de poder. Ao invés de ficar preocupado em falhar na ‘hora H’, a única preocupação do jovem é ter uma performance que seja satisfatória. “Você sabe que está em ponto de bala e que não vai falhar. Você pode fazer o que quiser e em qualquer posição, satisfazer-se e satisfazer a parceira”, conclui.
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O urologista Jhonson Joaquim Gouvêa, do Instituto de Urologia do Espírito Santo, garante: estimulantes sexuais não têm efeito sobre a ereção em jovens sadios com plena capacidade física. O que acontece, segundo o especialista, é o chamado efeito placebo.
“É psicológico. Se desse uma pílula de talco ia ser a mesma coisa. Se o indivíduo estiver excitado ele vai ter uma ereção de qualquer jeito. A questão de manter essa ereção após a ejaculação é em função do bombeamento maior de sangue nos corpos cavernosos. Porém, se ele estive excitado, vai manter de qualquer jeito”, assegura o médico.
Já quanto aos usuários de anabolizantes, Gouvêa diz que o remédio pode fazer efeito na “hora H”, já que o uso contínuo dessas substâncias pode levar à impotência. “Os estimulantes funcionam para quem tem a real necessidade de usá-los”, conclui.
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Nesta semana, um caminhoneiro de 52 anos morreu após fazer uso de um estimulante sexual e passar mal dentro de um quarto em um hotel na Ilha do Príncipe, em Vitória. Ele foi ao local com a ex-mulher, mostrou a ela uma cartela de comprimidos do estimulante, ingeriu e teve relações com a ex-mulher, segundo relato da própria.
Depois do ato, a testemunha disse que ele colocou a mão no peito dizendo que estava passando mal, caindo, em seguida, e batendo a cabeça no chão. Segundo a ex-mulher o caminhoneiro era cardíaco e usuário de drogas.
O urologista Jhonson Gouvêa explica que pessoas que têm problemas cardíacos e fazem o uso do Nitrato devem evitar o uso de qualquer estimulante sexual. Segundo ele, a combinação das duas substâncias pode ter consequências fatais.
“Muitos indivíduos que possuem doença coronariana fazem o uso do Nitrato, que é um grande vasodilatador. Daí usam um estimulante, que aumenta o fluxo sanguíneo nos vasos cavernosos. Isso pode acarretar a redução do fluxo sanguíneo coronariano e levá-lo ao infarto e posteriormente à morte. Porém, a culpa não é do estimulante, pois em muitos casos a pessoa já não tinha capacidade física para subir uma escada, por exemplo, e usa o medicamento de forma errada”, explica o urologista.

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