O caso de uma jovem do litoral de São Paulo chamou a atenção de um grupo de professores de uma universidade local. Luciene de Faria era alvo constante de bullying desde a infância devido a uma deformidade na face. Além da parte estética, problemas na mandíbula deixavam o rosto torto, podendo gerar transtornos mastigatórios, limitação da abertura de boca, dores faciais, distúrbios articulares, problemas respiratórios e até fonéticos.
A especialista em cirurgia bucomaxilofacial Thaiz Arrabal afirma que a jovem apresenta microssomia hemifacial, que é um defeito relativamente comum do desenvolvimento das estruturas faciais derivadas do primeiro e segundo arcos branquiais. A microssomia hemifacial é caracterizada por deformidades assimétricas do rosto, que são unilaterias e incluem hipoplasia da mandíbula; orelhas pequenas, malformadas ou ausentes.
Ela usou o aparelho ortodôntico por dois anos e recentemente passou pela cirurgia. “Ela passou por um procedimento para reconstruir partes ósseas e reposicionar os maxilares. Apesar de ainda estar em recuperação, já há uma melhora funcional e estética visível”, explica.
Pouco mais de um mês após a cirurgia, Luciene conseguiu seu primeiro emprego como ajudante de cozinha. Agora, ela segue o tratamento, acompanhada por cirurgião bucomaxilofacial, fonoaudiólogo e nutricionista.