Quem tem criança em casa sabe: a cada estação uma lista diferente de doenças. Os males acometem todas as idades, mas é nos pequenos que os efeitos costumam ser mais fortes. Com o inverno se despedindo, a preocupação agora são com as doenças típicas da primavera – a estação da flores que começa em 23 de setembro. Muitas destas enfermidades tem manifestações alérgicas ou sintomas reativos a pólen, pó, flores, e ao ressecamento do ar. Mudanças de temperatura, maior umidade ou menor umidade, frio ou calor intenso, estão relacionados a aumento de problemas respiratórios, especialmente em crianças e idosos.
A rinite, asma, problemas de tosse e obstrução brônquica pioram muito neste período, justamente quando a umidade do ar atinge índices baixíssimos. Há aumento das queimadas, da temperatura média e da fragilidade da saúde nos extremos da nossa vida. Nos países com clima mais marcado, o desabrochar das flores, as sementes e tudo relacionado à nova floração levam a crises alérgicas sazonais com espirros, obstrução nasal, coriza e tosse.
Os serviços de pronto-socorro que apresentam lotação intensa no período de inverno, voltam a ficar cheios com o aumento das doenças alérgicas respiratórias. Especialmente crianças pequenas e idosos devem ser hidratados com volumes hídricos adequados. Lembramos que são situações em que os indivíduos têm menos sede ou esta sede não é reconhecida.
Aglomerações e arboviroses
Outras doenças que estão relacionadas a estação do ano são as relacionadas ao calendário escolar, com aumento da presença de fatores de risco com maior aglomeração de crianças em idades precoces, favorecendo a disseminação de episódios de diarreia e doenças de pele. Mas principalmente devemos lembrar que a volta do período chuvoso e quente leva a maior risco da proliferação de mosquitos transmissores de doenças como a dengue, a zika e chikungunya. A prevenção deve ser redobrada, com o controle de depósitos de água limpa e parada em todos os locais. O Espírito Santo registrou, neste ano, 11.765 casos de dengue, 375 casos de infecção pelo zika vírus e 943 casos de Chikungunya.