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Infarto mata quase 400 capixabas somente de janeiro a março deste ano

Laureen Bessa – [email protected]

{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/07/17/70x70/1_sintomas_del_infarto_500x325-135279.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'55a97b7832183', 'cd_midia':135279, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/07/17/sintomas_del_infarto_500x325-135279.jpg', 'ds_midia': 'Coração', 'ds_midia_credi': 'Divulgação', 'ds_midia_titlo': 'Coração', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '500', 'cd_midia_h': '375', 'align': 'Left'}Doença grave e de prognóstico imprevisível, assim é caracterizado o infarto do miocárdio. O ataque cardíaco – como é popularmente conhecido – também é considerado o “carro chefe” das mortes causadas pelas doenças cardiovasculares. Especialistas apontam que 43% dos óbitos no mundo acontecem em decorrência do infarto ou acidente vascular cerebral (AVC). Somente nos três primeiros meses deste ano, o Espírito Santo já registrou 397 mortes por infarto.
Segundo o cirurgião cardiovascular, Schariff Moysés, 50% das pessoas que sofrem o infarto não conseguem receber o primeiro atendimento médico, pois o ataque é considerado como fulminante – morte súbita.
{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/07/17/70x70/1_img_2942-135261.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'55a978ca3477b', 'cd_midia':135261, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/07/17/img_2942-135261.jpg', 'ds_midia': 'Cardiologista', 'ds_midia_credi': 'Divulgação', 'ds_midia_titlo': 'Cardiologista', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '350', 'cd_midia_h': '232', 'align': 'Right'}“O primeiro sintoma pode ser a morte. Mas os outros 50% dos pacientes, conseguem ter o atendimento hospitalar. O infarto do miocárdio é uma doença grave e o prognóstico é imprevisível. Dentre as doenças cardiovasculares, o infarto mata muito mais do que o AVC, sem contar que são diversos os fatores que podem desencadear a doença”, contou o cirurgião.
O especialista listou as principais causas que podem provocar o infarto. Em primeiro lugar está a hereditariedade (histórico familiar), em segundo está o tabagismo, em seguida a hipertensão (pressão alta). Mas o colesterol alto, diabetes, obesidade, doenças congênitas (àquelas com que a pessoa nasce com ela), sedentarismo e o stress, também aumentam as chances das pessoas sofrerem o ataque cardíaco.
“A palavra de ordem é a prevenção. Com o diagnóstico precoce você pode se cuidar melhor. Por exemplo, as pessoas devem fazer o controle das doenças já existentes, como a diabetes e a hipertensão, além de melhorar os hábitos alimentares, praticar exercícios físicos regularmente e parar de fumar, são atitudes que podem evitar o infarto. A população está se alimentando muito mal, o consumo de sal é altíssimo, está se fumando muito, mesmo com índices caindo ainda se fuma muito”, afirmou Moysés.
De acordo com um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o brasileiro chega a consumir 12g de sal por dia, sendo que a dosagem máxima indicada diária é de 5g. “Temos que prevenir, pois hoje já se consegue diagnosticar a doença antecipadamente. Placa de gordura, mais stress, mais pressão alta é igual a infarto”, frisou o cardiologista.
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Cada vez mais jovens têm sofrido infarto, como foi o caso do professor de Educação Física, Rodrigo de Andrade Pinto, 35. Ele contou que no dia 19 de junho, começou a sentir muito enjoo, dor de cabeça e que suava frio e acreditou ser sintomas de dengue. “Nunca imaginei que esses sintomas poderiam estar indicando um infarto, achei que era dengue. Além do enjoo, dor de cabeça e do suor frio, sentir muita azia, meu estômago queimava. Só senti uma dor no peito e dormência no pé, quando eu já estava na maca do hospital”.
Andrade contou que desde o início dos sintomas, até a realização do procedimento que iria parar com o infarto, havia se passado mais de quatro horas. “Demorou até descobrirem o que eu tinha. Depois do eletrocardiograma, foi tudo muito rápido: me transferiram e já fizeram o cateterismo, angioplastia e coloquei um stent na artéria. Hoje tomo remédios e fiz diversos exames. No meu caso foi genética, meu pai e tios tiveram infartos, mas os médicos falaram que no meu caso aconteceu muito cedo. Mas iria acontecer uma hora ou outra”.
O cirurgião cardiovascular, Schariff Moysés, explicou ainda que os sintomas são variados, mas os principais continuam sendo a dor no peito, falta de ar, suor frio (mais intenso), azia e cansaço. Tudo depende do tipo de ataque.
“O infarto também pode ser assintomático. Por isso é importância de se fazer os exames clínicos. O infarto ocasiona lesões graves ao músculo cardíaco e isso debilita a pessoa. Pelo resto da vida, essa pessoa terá que tomar remédios e ter cuidados redobrados com a saúde”, ressaltou Moysés.
Uma curiosidade, que serve de alerta para os praticantes de exercícios físicos regulares, é que durante o inverno as chances de se sofrer infarto também aumentam. “Isso acontece porque o frio aumenta a hiperagregação plaquetária, que durante o exercício, pode se aglomerar também nas placas de gordura e provocar o trombo. Com isso, pode sim, acontecer o infarto. Sempre deve-se fazer o aquecimento na área externa, para o corpo acostumar com o frio e os exercícios devem ser feitos progressivamente”, relatou o cardiologista.
Poucos dados 
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), no ano de 2013, 1.779 capixabas morreram por infarto. Já no ano seguinte esse número diminuiu em 4,4%, sendo registrados 1.700 óbitos. A Sesa reconhece que não tem como informar os dados segmentados por faixa etária, pois somente um servidor da secretaria faz esse tipo de compilação.
No Espírito Santo, existem cinco hospitais referência para atender toda a demanda de doenças cardiovasculares: Evangélico de Vila Velha, Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim, Hospital das Clínicas, Rio Doce (Linhares) e o São José (Colatina). Além disso, as ambulâncias do SAMU são equipadas para todos atender todos tipos de atendimentos com risco de morte.

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