A indústria capixaba manteve a alta divulgada no último mês e cresceu +0,5% na passagem de setembro para outubro deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do período de janeiro a outubro, o crescimento foi de 2,5%, o que coloca o Estado em quinto melhor resultado do país.
O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES), Léo de Castro, explicou que o avanço foi puxado pelo consumo de alimentos (14,2%), e pelas industrias extrativa (3,3%) e celulose, papel e produtos de papel (1,5%).
“A indústria capixaba está carregando no ano um crescimento acumulado de 2,5%, um dos maiores do Brasil. Em especial a indústria de alimentos de puxado esse número em função basicamente da retomada do poder compra da população. Essa conjugação de redução de juros com inflação controlado ajuda muito”.
Apesar do resultado positivo, houve uma queda nos setores de metalurgia (-0,7) e minerais não-metálicos (-5,6), afetados pela redução da produção de tubos flexíveis e tubos trefilados de ferro e aço, além de granitos talhados ou serrado. “A medida é pontual, estamos olhando uma posição de um mês. Muitas vezes você tem situações de manutenção programada para um setor. Então a posição anual é mais equilibrada”, avaliou o presidente.
A FINDES, através do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), está lançado o programa Espírito Santo Mais Produtivo, que visa estimular e criar método para fazer com que as indústrias capixabas deem um passo a mais na produtividade e competitividade. Até o momento, 16 municípios já aderiram ao programa. “A meta no primeiro ano é conseguir um engajamento de 100 industrias no ES. E nos dois anos seguintes chegar a 500”, disse Léo de Castro.
O desemprego também se mantem em alta, e chegou a 278 mil pessoas fora do mercado de trabalho em 2017 no ES, apesar de uma pequena queda de 0,4%. Apesar disso, o presidente da FINDES acredita em um 2018 otimista para a indústria capixaba.
“Olhamos para isso com um otimismo naturalmente moderado. Fatores relevantes que estimulam a economia, como juros, créditos e inflação da economia controlada, junto ao conjunto de reformas que estão andando no país, mostram que podemos sim ter um cenário econômico mais dinâmico em 2018. Acreditamos ainda que em 2017 o Governo Federal vai conseguir pautar e aprovar a Reforma da Previdência, que é fundamental para retomar a confiabilidade do país e do empresário em voltar a investir. Nosso crescimento ainda vem do consumo”.
