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Igrejas alteram horários de celebrações e liberam fiéis de compromissos

Por Danieleh Coutinho

igrejaA situação da segurança pública do Espírito Santo alterou a rotina até das igrejas. Se as escolas, postos de saúde e comércio estão fechando as portas, padres e pastores entenderam que o melhor é liberar os fiéis dos compromissos nas igrejas. Alguns suspenderam cultos e missas ao longo da semana e alteraram os horários nos fins de semana.
O pároco da igreja católica Sagrada Família, de Jardim Camburi, em Vitória, José Tozi, disse que enquanto não for resolvida a situação, para garantir a segurança dos paroquianos, não haverá missa e as demais atividades da igreja de segunda a sábado. Já nos domingos, as missas das comunidades foram suspensas e só haverá na igreja matriz, às 8 horas e às 18 horas.
“Não tivemos missa durante a semana e liberei os funcionários da secretaria e administração, pois não posso garantir a segurança deles. Só vou celebrar as missas na igreja matriz, das 8 e 18 horas, com celebrações mais curtas e orientando os fiéis a voltarem depressa para suas casas assim que acabar. Vamos colocar nas mãos de Deus, porque é a única segurança que a gente tem hoje. Estou profundamente angustiado com tudo isso”, afirmou Tozi.
O padre é morador do bairro Jacaraípe, na Serra, e diz que está vivendo o pânico com toda a comunidade. “Estou com medo, pois nunca vivi uma situação tão angustiante. Não vemos segurança em lugar algum. Dia desses quis sair para fazer compras, porque a comida estava acabando aqui, e os vizinhos não queriam me deixar ir. Estamos ouvindo tiroteios constantemente, andamos assustados, pois não temos paz. É uma situação de pânico horrorosa”, relatou o religioso.
Por meio de nota, o arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela, pediu que todos os capixabas rezem. “Nós os bispos do Estado do Espírito Santo, queremos convocá-los para juntos orarmos em nossos lares pedindo a Deus que conceda serenidade, paz, proteção e justiça ao nosso Estado. Peçamos também ao Senhor que não prevaleça o poder, mas o bom senso, o diálogo, o entendimento e se chegue a uma decisão sábia que engrandeça nossa sociedade. Que Deus ilumine e dê sabedoria aos nossos governantes e às pessoas constituídas em autoridade!”, afirmou.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Dom Luiz clamou ao governo que não interrompa o diálogo. “A PMES resolveu reivindicar salário justo, porque exerce um trabalho importante. Reconhece e respeito o trabalho que exercem e merecem respeito e a admiração de todos. Mas essa situação causou transtorno, a violência está espalhada. Os militares fazem falta à sociedade. Eu gostaria de solicitar que as autoridades que procurem dialogar para encontrar um caminho. E que os militares não busquem salários justo à custas do sangue derramado”.
O partor Natanael Queiroz, da Assembleia de Deus Ministério Atalaia, cujas comunidades são em Resistência e São Pedro, em Vitória, informou que mantém os horários dos cultos, porém, sempre com membros da igreja na porta. “Na verdade a nossa sede é em Resistência e temos congregação no bairro São Pedro. Não podemos deixar a igreja fechada, por conta de bandido e polícia. Mas estamos tomando alguns cuidados, como ter obreiros nas portas, vigilantes. Se algo anormal acontecer, eles fecham as portas. Mas nossos cultos vão continuar normalmente. Neste momento critico é que as pessoas precisam buscar a Deus”, afirmou o pastor.
Já o vice-presidente da Associação dos Pastores de Vitória, Wilson Marcolino de Souza, que é pastor da Casa de Oração – ministério Avivamento -, em Itararé, disse que os fiéis que moram mais longe da igreja são orientados a não participarem dos cultos no templo, mas rezarem em suas casas. “Para quem mora no bairro, está normal. Mas quem mora mais distante, peço para evitar ir. Os cultos acontecem as terças, quintas e domingos à noite, mas estamos fazendo cultos mais curtos e liberando no máximo às 21 horas”, explicou o pastor.
O vice-presidente disse ainda que a associação espera que a paralisação termine logo. “Estamos rezando para Deus intervir nesta situação. A gente espera que isso termine logo, mas estamos sentindo certa intransigência dos dois lados”, finalizou. A entidade está reunindo os pastores para um propósito de 21 dias de oração e jejum, pelo fim da greve.

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