Enquanto muita gente reclama da obrigatoriedade do voto, alguns idosos, mesmo não precisando, continuam a exercer seu papel democrático. As opiniões se dividem, mas a presença das pessoas com mais de 65 anos ainda é comum nos colégios eleitorais da Grande Vitória nestas eleições.
Entre os idosos capixabas encontrados nos pontos de votação nesta manhã, as opiniões são diversas, tem quem valoriza o poder de votar, tem quem está dando uma última chance a política nacional, e tem quem não quer mais votar, mas mesmo assim comparece.
Dona Cyrce Santana de 81 anos foi acompanhada da filha, ao colégio eleitoral no bairro Bento Ferreira para registrar seu voto. Ela que gosta de votar, acredita que é importante colocar o Brasil pra frente.
“O nosso Brasil está muito desgastado, a gente está procurando ver se a gente consegue eleger um presidente menos corrupto e que possa melhorar a educação, a previdência, a saúde, os professores e tudo mais. Está tudo muito sucateado”.
Iorenito Tosta da Neves tem 77 anos e também fez sua parte. “Eu faço questão de votar, o nosso Brasil está em uma dificuldade tão grande e a gente tem que fazer a nossa parte e esperar a vontade do povão”.
No meio do caminho há aqueles idosos como Rosalinda Nascimento de 77 anos que afirma ser esta a sua última eleição porque o que devia fazer como cidadão, já foi feito e segundo ela, muito bem feito.
Ela defende um voto consciente e responsável e acredita em um Brasil Melhor. “Eu espero que as pessoas tenham consciência de que estão votando nas pessoas certas. Infelizmente o que a gente vê hoje em dia de corrupção, de falta de vergonha de político é muito grande, é assustador”.
Em contraponto temos quem não goste mesmo de votar, como a dona Gilsa Siqueira de 71 anos, que mesmo não querendo, acabou indo registrar sua escolha eleitoral por influencia de outras pessoas que a incentivaram a exercer a cidadania.
“A gente vota, vota, vota e não melhora nunca. Eu sou uma pessoa que não gosto de ficar no mesmo não, com figurinha repedida como se diz. Eu voto nos novos, mas o povo fica votando no mais velho, não adianta nada”.
Além da descrença na melhora democrática do país, dona Gilza aponta também as dificuldades para votar, sendo um de seus motivos para gostar das eleições. Ela que enfrentou uma longa fila, conta que muitas pessoas não respeitam as filas preferenciais, causando longas esperas.
