Equipes da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa identificaram dois suspeitos de comandar a ação que culminou na morte de três jovens no Morro do Moscoso, em Vitória, ocorrida na noite da última segunda-feira (16).
Alan Rosário de Oliveira, 30 anos, e Rafael Batista lemos, vulgo Boladão, de 24, já eram procurados pela polícia por suspeita de participarem das mortes dos irmãos Damião e Ruan Reis, ocorrida em fevereiro do ano passado e do homicídio de Walace de Jesus Santana, ocorrido três meses depois, ambos no Morro da Piedade.
Segundo a polícia, o grupo – composto por cerca de dez pessoas – chegou à praça onde ocorreram os crimes pela mata que liga os morros. O intuito do ataque liderado por eles era matar um rival que fugiu da cadeia em 2018.
“O objetivo inicial era exterminar um rival, que se evadiu do sistema prisional em dezembro de do ano passado, como não o encontraram eles atacaram quem estava no local, praticando assim esse triplo homicídio e duplo atentado. Com esse ataque eles quiseram fazer uma demonstração de poder” explica o titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, Janderson Lube.
Ainda segundo os policiais, a dupla foragida é do Morro de São Benedito e tem ligação com o Bairro da Penha. O bando pretende tomar o controle do tráfico do Moscoso.
A policia também afirma ter reforçado o patrulhamento ostensivo na região “após a tragédia nós reforçamos o policiamento no moscoso e na piedade para levar uma segurança para a comunidade, por ser uma região complexa de mata e de pedras, muitas vezes pode não se perceber a presença o tempo inteiro porque essas equipes tem que rodar essas regiões de mata para evitar novos confrontos” contou o comandante do Policiamento Ostensivo Metropolitano (CPOM), Coronel Sartório.
O coronel ainda destaca que uma de suas estratégias para evitar esse tipo de ataque é gerar prejuízos para o tráfico “vidas não tem preço, mas o tráfico vive de dinheiro, então todas as forças de segurança integrada vão dar prejuízo a esse tráfico, não só o que cometeu o delito, mas de toda Grande Vitória vão sofrer as consequências, porque se o tráfico entender que aquele ataque vai trazer um prejuízo muito maior do que o beneficio que é ocupar uma comunidade pequena, ele não vai fazer novos ataques. A tendência é que as operações se intensificarem buscando armas, drogas, prisões até o momento em que não compense fazer novos ataques”.
O chefe da Divisão De Homicídio e Proteção A Pessoa, Delegado José Lopes ressalta que as denúncias anônimas feitas por meio do 181 foram cruciais na identificação dos suspeitos e no entendimento do caso, ele pede que a população continue colaborando. “O disque-denúncia está bombando, e tem ajudado muito a gente, eu vou pedir a vocês continuem ligando porque nós vamos prender todo mundo”.