Redação Multimídia ESHOJE
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de boca e garganta está entre os dez tipos de maior incidência em homens brasileiros. E, mesmo que o fumo e o consumo de álcool ainda sejam suas principais causas, eles costumam exigir uma exposição prolongada para o desenvolvimento de um tumor – entre 15 e 30 anos de consumo, o que trás o alerta para o crescimento do número de casos em jovens.
“Cada vez mais os jovens têm apresentados tumores malignos nessas partes do corpo, em decorrência do HPV, que tem a capacidade de desenvolver um câncer em menos tempo. Antes, o tumor era mais comum em pessoas acima dos 50 anos”, afirma o médico rádio-oncologista do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), doutor Nivaldo Kiister. A estimativa é de que sejam 15.490 novos casos em 2016, sendo 11.140 homens e 4.350 mulheres. Em 2013, foram 5.401 mortes pela doença.
HPV
A transmissão do HPV não está relacionada exclusivamente à atividade sexual, apesar do sexo oral desprotegido ser um dos fatores principais de contaminação. “O vírus pode ser transmitido por saliva, com um beijo na boca, por exemplo”, alerta Nivaldo Kiister.
Estima-se que entre 25% e 50% das mulheres e 50% dos homens estejam infectados pelo HPV em todo mundo. Mas a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune.
No geral, cânceres de boca e garganta podem apresentar os seguintes sintomas: dor constante, nódulo, dificuldade para mastigar, rouquidão, dor na língua e mau hálito persistente. “Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor, pois o tratamento não é tão agressivo e as chances de recuperação são maiores”, aconselha o rádio-oncologista do IRV.
Tratamento
A cirurgia e a radioterapia são os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento.
A vacinação é a melhor forma de se prevenir, além do sexo seguro e boa alimentação. Não fumar nem beber e realizar boa higiene oral também são ações que evitam o surgimento do tumor. “Consultar regularmente o médico ajuda na detecção desse tipo de câncer. o diagnóstico e o tratamento precoce sempre contam pontos a favor do paciente”, aconselha o doutor Nivaldo Kiister.
