Hospital dos Ferroviários reabre em março com 50 leitos

Fechado desde fevereiro do ano passado por conta de irregularidades na gestão, o Hospital dos Ferroviários, em São Torquato, Vila Velha, será reaberto pelo Governo do Estado no fim de março com capacidade inicial para 50 leitos e, até o mês de julho, quando terminam as reformas que estão em andamento, os 45 leitos restantes serão entregues, totalizando 95 leitos.

Segundo o Secretário de Estado da Saúde, Tadeu Marino, o Hospital dos Ferroviários será um hospital clínico-cirúrgico de média complexidade – realizando cirurgias nas áreas de urologia e otorrinolaringologia – contando com 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 27 leitos de clínica cirúrgica e 16 leitos para adolescentes com dependência química, dentre os 95 leitos disponíveis.

O governador Renato Casagrande (PSB) disse que até o meio do ano, um total de 280 novos leitos, contando com a reforma do Hospital São Lucas (185 leitos), serão abertos no Estado. Ele admite que ainda não é o ideal.

“É um cenário ruim. Mas temos uma situação menos crítica do que tínhamos no passado. Ano passado dedicamos 17% do orçamento para a saúde e esse ano será ainda maior. Contando com todas as reformas e ampliações, como a do Hospital Antônio Bezerra de Farias (em Vila Velha), chegaremos a um total de 1200 leitos no Estado”, explicou Casagrande.

O prefeito Juninho (PPS), de Cariacica, foi um dos mais empolgados com a notícia, já que seu município é um dos mais beneficiados com a reabertura do Hospital dos Ferroviários, que também tem Vila Velha, Viana e muitas cidades do interior como público alvo.

“Cerca de 30% da demanda do Hospital dos Ferroviários vem de Cariacica, pois ainda não temos um hospital de complexidade. Mas não adianta só reabrir. Tem que reabrir com um polícia de manutenção da qualidade do serviço. O compromisso com a saúde nunca acaba”, salientou o prefeito.

A deputada estadual Janete Sá (PMN) também lembrou que o hospital é importante para a revitalização do bairro São Torquato. “É uma região muito rejeitada em função da violência. E essa reabertura valoriza o bairro, pode trazer novos investimentos”.

Os 95 leitos serão distribuídos em:

– 16 leitos para adolescentes com dependência química;

– 8 leitos de cuidados paliativos;

– 27 leitos cirúrgicos;

– 34 leitos de clínica médica;

– 10 leitos de UTI.