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Homero Mafra: é de se estranhar a celeridade desse processo

milena gottardiQuatro meses após o assassinato da médica Milena Gottardi Frasson, começou na manhã desta terça-feira (16) o processo de julgamento do crime. Ela foi baleada no estacionamento do Hospital das Clínicas no dia 14 de setembro e morreu no dia seguinte. Para o advogado Homero Mafra, que defende o acusado de mandante do crime, o policial civil e ex-marido da vítima, Hilário Frasson, é de se estranhar a celeridade no processo.

“Advogado não reclama de celeridade, mas há de se estranhar, inclusive, como está sendo feito. Não se fazem audiências de manhã, como está sendo feita. A pauta está sendo atropelada, o que demonstra uma clara intenção de dar a este processo um andamento que os demais não tem. E isso, realmente, é um absurdo”, criticou.

Forum de Vitoria1Três viaturas da Secretaria de Justiça, levando os réus – Hilário Frasson (ex-marido e mandante), Esperidião Frasson (sogro e mandante), Valcir da Silva e Hermenegildo Palauro Filho (amigos da família e intermediários do crime), Bruno Rodrigues Broetta (cunhado do autor do crime e ajudou com veículo e arma usadas no assassinato) e Dionathas Alves Vieira (executor) – chegaram ao no Fórum Criminal de Vitória pouco antes das nove horas da manhã.

Dionathas, por decisão judicial, será conduzido e ficará separado dos outros cinco réus no processo. Segundo o advogado de defesa de Dionathas, Leonardo Rocha, foi uma solicitação da defesa e acolhida pelo juiz que preserva a integridade física e moral do réu.

O advogado da família de Milena Gottardi, Renan Sales, explicou que o que acontece nesta terça e quarta (17), bem como nos dias 30 e 31 deste mês, são audiências de instrução e interrogatório dos acusados. Só então a justiça define se leva, ou não, os réus a júri popular. Essa decisão deve sair até o final de março.

Neste primeiro dia, cujos trabalhos começaram por volta das 9H15m no fórum, são ouvidos o delegado Janderson Lube, que conduziu o inquérito policial, o investigados de polícia Igor de Oliveira e a advogada Ana Paula Protzner Morbeck, que defendia Milena no processo de divórcio de Hilário. Ainda serão ouvidos parentes da vítima, como o irmão e mão, Douglas e Zilka Maria Gottardi, respectivamente. O total de testemunhas convocadas pelo Ministério Público é de nove pessoas.

Forum de Vitoria“Serão ouvidas as testemunhas de acusação e a gente entende que as provas técnicas são robustas e que venham a somar no processo. Mais de 50 pessoas foram convocadas pelos advogados de acusação e defesa e o caso é muito importante, pois mais uma mulher foi vitima de feminicidio, o que, por si só já é algo de extrema repugnância para a sociedade. Esse tipo de crime não pode mais acontecer. Não é possível que nos tempos atuais mulheres sejam mortas por serem mulheres, então, é importante que o processo vire paradigma, vire um marco. No final das audiências de instrução (primeira fase do julgamento) haverá interrogatório dos acusados e em dois meses pode acontecer o júri popular, se a justiça assim decidir”, explicou o advogado de acusação.

Membros da família de Milena não puderam ter acesso às audiências. Dentre eles o primo da médica, Marcos Gottardi, que contou que a família saiu de Fundão para acompanhar. “Nós viemos para assistir a tudo, mas ficaremos aqui, do lado de fora. A gente espera que, no mínimo, se faça justiça. A Milena não pode voltar, não tem jeito, mas queremos justiça. Todos estão sofrendo, mas não tem como fugir desta situação”, disse o comerciante.

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