O governador Paulo Hartung convocou, na tarde desta quinta-feira (24), uma coletiva de imprensa para falar sobre a crise dos combustíveis e suas implicações no Estado. Na ocasião, o chefe do executivo capixaba manifestou seu apoio aos caminhoneiros. E fez um apelo aos empresários, para que não abusem do momento e pensem no momento também pelo lado do consumidor.
“Esse movimento, em minha opinião, na opinião do Governo do Estado do Espírito Santo, tem razão de ser. E a minha visão é que tem de haver diminuição da carga tributária sobre o siesel” relata Hartung.
Segundo o governador o Espírito Santo é o estado com uma das menores alíquotas sobre o diesel. Sendo um valor de 12%, enquanto a média federal é de 17% e alguns estados chegam até 24%.
A greve dos caminhoneiros em favor da diminuição do preço do diesel, que começou no dia 21 de maio em todo o país, está causando desabastecimento em vários postos de combustíveis no Espírito Santo, sobretudo no interior. Além da gasolina outros produtos como alimentos já começam a faltar.
Sobre este fato Hartung faz dois apelos, um ao caminhoneiros, para que se preocupem em preservar a população daquilo que é essencial, como o funcionamento dos hospitais, o acesso ao alimento, o funcionamento de serviços essenciais como bombeiros, polícia, ambulâncias, entre outros.
O segundo apelo do governador é voltado aos empresários. “No momento de crise de abastecimento, tem exploração da população, então queria fazer um apelo à consciência dos empresários”, relata o governador que também recorda que os Procons já estão agindo para dar fim a estas ações.
Resultados
Em busca de uma solução para o problema, o Ministério da Fazenda convocou para esta sexta- feira (24) uma reunião com representantes de todo o estado ás 11 horas em Brasilia. Uma das principais propostas é de que o Governo Federal, zere ou reduza em 50% a taxa de Pis/Cofins.
Uma das opções levadas pelo Espírito Santo é de que todos os Estados reduzam a taxa e igualem ao valor capixaba, seguindo a alíquota de 12%. Segundo o Secretário da Fazenda Bruno Funchal, independente da proposta apresentada, o Estado vai aderir. “Nós estamos dispostos a reduzir nossa alíquota de ICMS também”, afirma Funchal.