Há menos de três anos no Estado, quiropraxia traz novas técnicas para dor na coluna

Desde o final do século 19, a

quiropraxia já era uma técnica bastante conhecida nos Estados Unidos, mas só em 2010 é que ela foi chegar ao Espírito Santo. O nome quiropraxia significa prática com as mãos, que é justamente o que o profissional faz para cuidar de seus pacientes. Essa área da saúde trata, principalmente, as alterações do sistema neuromuculoesquelético, ou seja, problemas nas articulações, nos músculos, nos tendões, nos nervos e na coluna.

Durante as sessões, o paciente normalmente fica deitado com a barriga para baixo e depois dos dois lados para que o profissional faça manobras com as mãos para fazer o realinhamento da coluna, por exemplo. A manipulação articular, ou ajuste quiroprático, como é chamado o movimento com a mão feito pelo quiropraxista, é a principal forma de terapia manual utilizada. A primeira consulta chega a durar 1h30 e as demais sessões podem variar de 15 a 30 minutos.

O quiropraxista australiano, Adam Scott Fischer, fundador da clínica Quiropraxia Espírito Santo, garante que qualquer pessoa, de qualquer idade, pode se submeter aos tratamentos. “Eu cuido de bebês, crianças, jovens, adultos e idosos, e o que muda são as técnicas utilizadas e a intensidade da manipulação. A quiropraxia é segura para todos”. Ele reforça que o principal objetivo é fazer as pessoas se sentirem melhor, de maneira natural, sem remédios e sem cirurgia.

Além de examinar, diagnosticar e tratar os pacientes o quiropraxista também está habilitado a dar orientações sobre atividades do dia a dia, hábitos saudáveis e estilo de vida, a prescrever exercícios. E eles não prescrevem medicamentos nem realizam cirurgias ou outros tipos de procedimentos invasivos.

Quem experimentou e aprovou foi o analista de Recursos Humanos Francisco Dalcol, 48. Depois de dois meses sentindo dores e dormência nas pernas e nos braços, 10 sessões de pilates e várias doses de antiinflamtório, ele resolveu se render aos cuidados do quiropraxista Adam Fischer. “Foi a minha salvação, uma verdadeira cura com as mãos. Eu não conhecia e hoje recomendo para todo mundo”.

O analista conta que no início deste ano estava sentindo muitas dores nas costas e dormência nos membros, e após uma bateria de exames foi diagnosticado com osteofitose, patologia popularmente chamada de bico de papagaio, que se caracteriza pelo crescimento anormal de osso em torno de uma articulação da coluna. Depois de fazer pilates e tomar remédios, a dor persistia e Francisco resolveu recorrer à quiropraxia.

“Na segunda sessão eu já não tinha mais dor alguma. Na primeira consulta ele fez uma avaliação geral, tanto visual quanto com o toque, e de imediato percebeu que eu estava com um caroço no músculo.” Francisco estava com uma contratura muscular que ocorre quando o músculo se contrai de maneira incorreta e não volta ao seu estado normal de relaxamento, por isso sentia tanta dor. “Desde então não tive mais dores”, comemora o analista.

A gerente da clínica Quiropraxia Espírito Santo, Solange Ferreira, orienta que os pacientes busquem referências do profissional antes de se submeter aos tratamentos. “Com a popularização da técnica, tem aparecido muita gente que se diz quiropraxista, mas que na verdade só fez um curso rápido de final de semana. O profissional de verdade tem registro e fez faculdade”. No Brasil ainda existem poucas faculdades na área, mas estados como São Paulo e Rio Grande do Sul já oferecem a graduação em quiropraxia, que tem duração de cinco anos.