por Paulo Cesar Dutra
Há 10 anos o Banco do Estado do Espírito Santo – Banestes – através de sua assessoria de comunicação divulgou nota-econômica dando conta de que ele iria financiar o setor sucroalcooleiro tomando como referência o pedido do Grupo Infinity Bio-Energy para que a entidade financeira atendesse aos produtores de cana no Estado.
O Banestes iria disponibilizar ainda, para empreendimentos de maior porte, recursos dos BNDES específicos para essa atividade. O Estado estava virando o novo eldorado do etanol. Ou seja, os “aventureiros do etanol” estavam tendo todas as regalias no Espírito Santo, com o aval do governador Paulo Hartung para aplicarem o maior golpe da história do Banestes.
A notícia de 19.03.07
“O aquecimento do setor sucroalcooleiro está se intensificando no Estado e o Banestes participa dessa ebulição, por meio da concessão de linhas de financiamento para produtores ligados à Infinity Bio-Energy.
Um dos primeiros grupos de investidores estrangeiros a chegarem ao País, o Grupo Infinity Bio-Energy possui importantes investimentos não só no Espírito Santo, mas também em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
O Infinity Bio-Energy buscou no Banestes financiamento para plantio de cana-de-açúcar para as destilarias ligadas ao grupo – Cristal Destilaria Autônoma de Álcool (Cridasa), Destilaria Itaúnas (Disa) e Açúcar e Álcool (Alcana).
O Banestes também está analisando projeto semelhante, a ser fechado com a Cia. de Álcool de Conceição da Barra (Alcon), e já tem negócios com a Usina Paineiras.
Do início deste ano até meados de março, o Banestes contabiliza, nas linhas de crédito destinadas ao setor sucroalcooleiro, 88 operações, que alcançaram a cifra de R$ 8,45 milhões.
Além das linhas de financiamento com recursos próprios, o Banestes disponibiliza, para empreendimentos de maior porte, recursos do BNDES específicos para a atividade”.
Os 252 produtores capixabas de cana que fornecem o produto para as usinas do grupo Infinity, atendendo as orientações do Governo, não receberam e não tem como pagar o empréstimo junto ao Bandes. O Governo esticou apenas o prazo para produtor pagar empréstimo. E pelo visto, já que o Estado não tinha condições de fazer muito mais do que já foi feito, para os produtores de cana, orientado por ele para cair no mesmo golpe, a situação é dramática.
Incrédulo ao tomar conhecimento da facilidade que os “aventureiros do etanol” tiveram, procurei o banco, via e-mail, perguntando se havia alguma busca aos “bandoleiros”!
Banestes respondeu:“Senhor Paulo César, Agradecemos seu contato. A respeito dos questionamentos feitos pelo sr. Paulo César Dutra, o Banestes, por meio de seu diretor Comercial Ronaldo Hoffmann, informa: – Há um processo de recuperação judicial aguardando os prazos legais determinados pela Justiça, para que haja uma Assembléia Geral de Credores. Nessa Assembléia será decidido pela aprovação ou não do plano.
– Paralelamente, o Banestes vem fazendo seus questionamentos judiciais quanto aos pontos discordantes do plano. – A Diretoria Comercial do Banestes mantém contatos com a direção do Grupo Infinity, com o objetivo de negociar os créditos que não estão contemplados no plano de recuperação. – Todos os contratos com o Banestes estão adimplentes até a presente data. Atenciosamente, BANESTES S.A – Banco do Estado do Espírito Santo”.
Acionei a ONG Transparência Capixaba entidade criada pelo governador Paulo Hartung, em 2003, para fiscalizar as coisas erradas dos outros no Estado. Resumindo a resposta da entidade, em 29.10.2009, através do Secretário-geral Rafael Simões que foi mais ou menos assim: “…Temos assumido uma postura crescentemente crítica ao Governo Paulo Hartung… …Não tenho informações sobre o caso do Grupo Infinity. Você poderia me ajudar para que eu passe para os diretores da ONG para ver como nos posicionarmos? …”
Educação: Vereador Renato Machado (PSDC) começou parabenizando a fala do Vereador Joel e suas críticas e homenagens aos policiais militares. Mas o vereador muda o tom de voz e expressando alegria fala da retomada da obra da EMEF de Ipiranga, após tantos descasos. O Vereador endossa que a solução para o país é a educação. O retorno de obras importantes para educação como a volta da reforma do Polivalente e o Hospital Geral de Cariacica, mas que ainda não aconteceu a ordem de serviço. Além disso, agradeceu ao deputado Marcos Bruno com uma emenda de 30 mil reais.
Cobrança individual
Os bares, lanchonetes e restaurantes do Estado do Espírito Santo podem ter de passar a oferecer aos seus clientes a opção de controle e pagamento individual de suas despesas. É o que propõe o Projeto de Lei (PL) 198/2017, de autoria do deputado Sandro Locutor (Pros). O objetivo é que os estabelecimentos ofereçam preferencialmente comandas individuais para controle dos clientes e para prevenção de cobranças excessivas. É importante ressaltar que a medida não exime aqueles de também fazerem o controle do consumo, sendo proibida a cobrança de multa no caso de perda das comandas.
Prefeitura condenada em R$ 1 mi
O Juiz Marcelo Jones de Souza Noto da Vara Única de Presidente Kennedy condenou a Prefeitura do município a pagar R$ 1.084.835,00 a uma empresa de construção civil que venceu uma licitação, no ano de 2010, para construir 250 unidades habitacionais no município. De acordo com os autos, o contrato foi suspenso por ordem do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, quando as obras já se encontravam em fase final, restando poucas casas a serem concluídas. Nesta época, a requerente tinha um saldo de R$ 813.448,27 a ser recebido da Prefeitura.
Cara a cara com Moro
No próximo dia 21, haverá audiência do caso que apura se a Odebrecht comprou para o ex-presidente Lula o terreno em que ele iria construir seu instituto. Nesta data, o juiz federal Sérgio Moro deve definir quando o petista prestará novo depoimento a ele.
Direito de resposta
A ex-presidente cassada Dilma Roussef ganhou na Justiça o direito de resposta contra a publicação da revista IstoÉ intitulada “Mordomia: carros oficiais a serviço da família de Dilma”, veiculada em julho de 2016. A juíza de Direito Karla Aveline de Oliveira, de Porto Alegre/RS, determina que a publicação ocorra já na próxima edição, sob pena de multa de R$ 20 mil por descumprimento.
Negligência
No RJ, médica que negou socorro a um bebê de um ano e seis meses ocasionando sua morte teve o exercício profissional suspenso. A profissional alegou que não era pediatra.