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Há 16 anos no HPM família de Clarinha ainda não foi encontrada

clarinha_pedro_permuy1-162489Em junho completam 17 anos que a Clarinha está em coma. Vitima de um atropelamento, ela ficou um ano no Hospital Estadual São Lucas, e há 16 está internada no Hospital da Policia Militar (HPM). Clarinha é chamada assim carinhosamente pelos funcionários do hospital, já que quando chegou ela estava sem qualquer documento de identificação.

Em 2016 quando seu caso tomou proporção nacional, várias famílias entraram em contato para tentar reconhecer a mulher, no entanto, sem sucesso. O Coronel Potratz que cuida de Clarinha desde que ela chegou ao hospital informou que todos os DNAs que foram realizados até hoje deram negativos.

“Cerca de 30 famílias foram selecionados para fazer o teste de DNA, mas nenhum foi positivo. Temos ainda três famílias, que não fizeram o teste. Uma é do Maranhão e duas do Paraná. Estas famílias ainda não vieram, pois alegam falta de condições financeiras. A família do Maranhão, disse que estão tentando vir após o mês de agosto”, informou.

O coronel explica que a situação de saúde da paciente é a mesma, desde que chegou. Ela continua internada, em coma vígil, ou seja, um estado de coma considerado leve em que o paciente reage a alguns estímulos. “Ela depende de alimentação por sonda. Em alguns momento ela abre o olho, mas não interage. Tem reações a dor, solta alguns resmungos as vezes, e ainda tenta se levantar”.

Mesmo estando sob os cuidados do hospital, Clarinha ainda precisa de produtos básicos de higiene, além de roupas intimas. Sem uma família responsável para oferecer esses produtos, esse papel ficou com o coronel Potratz. No início funcionários do hospital que compraram, mas quando acabou foi o médico que continuou.  “Eu me sinto fazendo o papel do pai de Clarinha. Eu compro shampoo, as camisolas e até cobertores. Ela não tem quem reponha isso e precisa. Estou para me aposentar, e tenho a intenção de continuar visitando e fazendo isso por ela”, ressaltou.

Médico do HPM a 30 anos, o coronel disse que essa é uma situação inusitada. “Confesso que nunca presencial algo parecido. Mas também nunca parei para pensar nisso, ela chegou aqui como paciente e cuidamos dela como qualquer outro”. Clarinha deve ter entre 37 e 38 anos, informou ainda o coronel. Como não tem para onde ir, ela permanecerá internada no HPM.

Reencontros
Durante a busca por familiares de Clarinha, três casos de reaproximação de famílias que tinham parentes desaparecidos, foram feitos. Porém, um caso foi marcante para o coronel. Uma família de São Paulo, segundo o médico, tinha a certeza que Clarinha era uma irmã desaparecida, mas o teste de DNA deu negativo.

Contudo, foi com o teste de DNA, que foi possível procurar no banco de dados da Policia Federal do ES e onde encontraram uma pessoa com as características da mulher que essa família procurava. “A mulher tinha o mesmo nome da mãe dos irmãos que a procuravam e estava viva, morando em Terra Vemelha, em uma situação complicada, vivendo no meio das drogas. Com esse reconhecimento, a família a resgatou e levaram para morar com eles em São Paulo”, relatou.

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