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Greve: população enfrenta dificuldade para utilizar caixas eletrônicos

Redação Multimídia ESHOJE com Hanna Carolina

bancos_greve_2-195462A greve dos bancários continua e a população enfrenta dificuldades para realizar as transações bancárias. São 10 dias de paralisações e o número de agências que estão aderindo cresce a cada dia. São 334 agências paralisadas no Espírito Santo, sendo 149 no interior e 185 na Grande Vitória.
Considerando que com a greve, a parte interna das agências não funciona, a população esperava que pelo menos os caixas eletrônicos estivessem aptos a realizar as transações. Porém, em algumas agências os postos de autoatendimento nãos estão realizando depósitos. Isso porque, os envelopes para isto, não ficam disponíveis.
Em outras, horários para depósitos são estipulados pelos bancários. “Quando cheguei à agencia para fazer um depósito recebi a notícia de que tem horário para isso de 15h30 às 17h30. Antes disso nem envelope tem pra gente usar. Acho que estamos pagando um preço que não é nosso”, reclamou aposentada Sônia Cavati.
Mesmo com as dificuldades enfrentadas, tem gente que é a favor da greve, como a senhora Ildete Castilione, que só teve problemas nos primeiros dias do movimento. “No primeiro dia eu fui fazer um depósito, não tinha envelope. Quando voltei, eles já estavam lá então levei um pouco pra casa pra evitar que eu ficasse sem”, admitiu a aposentada.
Para a estudante Gisele Silveira, 23, a paralisação não interferiu em sua rotina financeira, ela conseguiu fazer suas transações de outras maneiras. “Eu apoio a greve e estou disposta a deixar de ter alguns privilégios atendidos, para que eles possam reivindicar seus direitos, ainda mais em um momento de precarização das leis trabalhistas”, opinou a estudante.
A empresária Denisia Barcelos que depende diariamente de usar os serviços bancários foi afetada diretamente. “A greve atinge minha empresa em vários sentidos. Os clientes, por exemplo, evitam usar dinheiro nos pagamentos utilizando muito mais o crédito. Isso também reduziu o número de compras”, lamentou.
E se os bancos estão parados, as Lotéricas ficam com trabalho dobrado. Foi o que afirmou Ana Cristina, que é operadora de caixa em uma Lotérica na Mata da Praia. “O volume de saques e depósitos dobrou. Com isso o cliente passa mais tempos na fila, já que muitos chegam aqui com várias transações para serem feitas. Mas tirando os dias de jogos que o sistema fica mais lento, estamos conseguindo atender a todos”, conclui.
Os bancários não têm previsão para retornarem com a normalização de suas atividades. Na tarde desta quinta-feira (15), mais uma rodada de negociações é realizada entre Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo. Na ultima rodada realizada na terça (13), os bancários recusaram a proposta que permaneceu a mesma. Foi oferecido um reajuste de 7% nos salários, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação e creche, mais abono de R$ 3,3 mil.
Principais reivindicações dos bancários:
– Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.
– PLR: 3 salários mais R$8.317,90.
– Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
– Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
– Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.
– 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
– Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
– Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
– Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
– Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
– Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

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