O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho do Espírito Santo, Valério Sores Heringer, afirmou em entrevista ao Jornal ES Hoje que, ainda que o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) entre com o pedido de ilegalidade esta semana, o pedido só será analisado a partir do dia 08 de janeiro.
“O MPT ainda não recebeu nenhum pedido por parte da GVBus e, caso o pedido de ilegalidade seja feito, só será analisado após o fim do recesso, quando as partes terão oportunidade de se defender antes de qualquer decisão”, salientou.
O GVBus informou, no início da noite, que entrou com liminar pedindo ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) a abusividade da greve. Segundo a nota do sindicato, “a ação foi motivada pelo descumprimento por parte do Sindirodoviários de algumas das determinações da justiça”. Entre os atos citados estão a tentativa de barrar a saída do quantitativo legal da frota e o bloqueio da saída de trabalhadores que não aderiram ao movimento.
“Lembramos ainda que a liminar determina um quantitativo mínimo de frota, no entanto, não fixa um percentual máximo. Dessa forma, e com base nos itens citados acima, o Sindirodoviários não pode impedir que trabalhadores que não aderiram ao movimento saiam de dentro das garagens para trabalhar”.
Pontos lotados
O segundo dia da greve dos rodoviários foi marcado por pontos e ônibus lotados. Os usuários do transporte coletivo tiveram que ter paciência na volta para casa na tarde dessa quarta-feira.
“Estou aqui tem mais de 40 minutos, e não passou nenhum ônibus para Vila Velha. À essa hora já estaria em casa, mas por causa da greve os ônibus estão demorando muito,” declarou a diarista Jane Santos,38 anos. Contou ainda que os ônibus passam lotados e alguns nem param pontos.
A mesma situação foi constatada durante a manhã. Nos terminais da Grande Vitória, longas filas foram registradas e nos bairros a espera passou dos 30 minutos. Além disso, alguns ônibus já saem dos terminais rodoviários com a bandeira “especial”.
