Cerca de 20 funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) protestaram contra a privatização do aeroporto de Vitória na manhã desta terça-feira (12). Uma placa foi colocada na área de embarque, e os políticos da bancada federal que passavam pelo local eram questionados sobre a medida.
O fiscal de TPS Henrique Sarmento usou como exemplo o aeroporto de Viracopos, em São Paulo. Segundo ele, a privatização faliu o local. Ele foi um dos funcionários que precisou sair de lá e vir para Vitória. O protesto de hoje teve a intenção de mostrar que isso pode acontecer em capital.
“O aeroporto foi feito todo pela Infraero. Foi feita a Avenida em frente, a recuperação da orla de Vitória. Gastou-se R$ 600 milhões nessa obra. E agora querem vende-lo todo pronto para empresários, e ficar só com o lucro. A Infraero com cada vez menos arrecadação e pior”.
Segundo Henrique Sarmento, as consequências são diversas, entre elas, pessoas pagando tarifas mais caras e aluguéis mais caros para os comerciantes. “Sou de Campinas, que já foi considerado o melhor aeroporto da América Latina. Hoje está falindo. Vitória vai ficar com tarifas de estacionamento muito mais caras. A Infraero será cada vez mais encolhida e o pessoal técnico, como eu, que tenho 14 anos na empresa, e colegas com 30 anos de trabalho, seremos descartados para serem colocados no lugar pessoas de estatais de outros países”, afirmou.
O também fiscal Vanderlei Galter participou do protesto. Ele destacou que a Infraero administra o aeroporto de Vitória há 45 anos, sem ser valorizada. “Querem tirar aquilo que é do público capixaba. A população lutou para ter esse aeroporto para no momento que consegue, com instalações fantásticas, estar em 3º melhor do mundo, entregar na mão dessas pessoas? Não deixaremos isso acontecer. Eu tenho 30 anos de serviço como funcionário público. Faço todas as tarefas. Somos culpados, em partes, por ter votados nesses deputados e senadores, que são cabides de empregos. Podemos mudar isso esse ano. Estão jogando esse patrimônio na mão dos estrangeiros”, afirmou.
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