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Fruto podre: suspeito de chefiar esquema de fraude à Caixa é preso em Vila Velha

caixa imoveis
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O correspondente bancário conveniado à Caixa Econômica foi preso na manhã desta quarta-feira (08), suspeito de chefiar um esquema de fraude em financiamentos imobiliários. O homem foi detido pela Polícia Federal em Vila Velha, dentro de sua residência, dentro da operação Fruto Podre.

Junto com o mandado de prisão, 59 policiais federais cumpriram outros 13 mandados de busca e apreensão em vários municípios da Grande Vitória. Ao todo 60 pessoas devem ser ouvidas até a próxima sexta-feira (10).

O Delegado Fernando Amorim, titular da delegacia de Repressão à corrupção e Crimes Financeiros explica como acontecia a fraude: “os compradores e os vendedores dos imóveis eram “laranjas”, só assinavam os documentos, nem sabiam direito o que estava acontecendo.

Nessa operação os imóveis eram superavaliados, fazendo a Caixa pagar um valor muito maior do que o imóvel realmente valia, causando prejuízo. Logo depois esse dinheiro era transferido pelos vendedores para a conta desse correspondente imobiliário. Os “laranjas” eram de baixo nível educacional, de baixa renda, e ele fazia promessas de paga-los se assinassem os documentos”.

A investigação mira os contratos fraudulentos ocorridos entre 2009 e 2014. Amorim explica como foram iniciadas as investigações “Inicialmente a Caixa procurou a gente em 2015 quando percebeu algo estranho em quatro contratos. Nós demos procedimento à investigação e logo após a própria Caixa identificou mais 22 contratos”.

Os 26 contratos suspeitos estão em inadimplência, que, em valores ainda não atualizados, somam mais de R$ 5 milhões e como se tratam de fraudes, em muitos deles, somente as primeiras parcelas eram quitadas (há caso em que nenhuma parcela chegou a ser paga). Todas as aprovações do financiamento ocorreram em uma mesma agência, que fica localizada em Vila Velha.

Sobre o envolvimento de servidores da Caixa Econômica o delegado afirma que há indícios, mas é cedo para afirmar “É difícil você imaginar um esquema desses sem participação de um servidor, mas é muito cedo para falar, às vezes esse correspondente bancário pode ter achado uma forma de burlar o sistema da caixa, porém os indícios apontam para possível participação do servidor”.

De acordo como delegado o caso de maior divergência é em um terreno no bairro retiro do congo em vila velha, que custa R$262 mil e teve uma liberação de crédito de financiamento de R$1.138 milhão.

O mandado de prisão do detido foi decretado pelo Juiz Vitor Berger da primeira vara federal criminal dizendo que a conduta do correspondente bancário apresenta risco para a sociedade, ele será encaminhado para o presídio ainda hoje. Ele foi indiciado por Peculato, fraude em financiamento bancário em instituição oficial e uso de documento falso. Somadas as penas podem chegar a 27 anos.

O Delegado de Policia federal Guilherme Helmer dá um exemplo de como medir o risco que ele representa “O Unicef tem um estudo que comprova que a cada 50 mil reais desviados em saneamento básico, uma criança morre, imagina quais foram as consequências do desvio de cinco milhões e quem causa risco tem que ficar preso”.

Por Lizandra Amario

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