Síndrome crônica que se manifesta por dor em todo o corpo, principalmente na musculatura, fadiga e alterações na memória e até depressão, a fibromialgia é a segunda maior causa de dor musculoesquelética, perdendo apenas para a artrose. Nesta sexta-feira, 12 de maio, é Dia Mundial da Fibromialgia. A doença é mais frequente em mulheres, numa proporção que varia de 4 a 10 mulheres para cada homem, e é mais comum em pessoas idosas.
Os pacientes dessa patologia também podem sofrer com intestino irritado, palpitação, incontinência urinária, dor de cabeça, cólica menstrual, irritabilidade e sono não repousante, ou seja, quando a pessoa acorda cansada.
Segundo a reumatologista Valéria Valin, do Centro de Reumatologia Avançada (Reuma), por ser uma doença crônica, a fibromialgia não tem cura, mas o tratamento adequado reduz e controla os sintomas, principalmente se associado à atividade física regular.
“Alguns pacientes podem ficar bem apenas com a prática regular de exercícios. E somente 30% melhoram apenas com medicamentos. A grande maioria necessita de medicamentos associados a exercícios e psicoterapia. A atividade física é fundamental, pois estimula a produção dos neurotransmissores necessários para o controle da dor. Pode ser qualquer modalidade, desde que praticado regularmente”, explicou.
No tratamento, são usados medicamentos anticonvulsivantes, analgésicos e antidepressivos, além de procedimentos com técnicas de agulhamento nos locais da dor e psicoterapia.
Adotar um estilo de vida saudável é a melhor forma de prevenir a doença, segundo a reumatologista Valéria Valin. “Principalmente aqueles indivíduos que apresentaram, na infância, dores musculares localizadas e distúrbio do sono, é importante que pratiquem atividade física regular, evitem ganho de peso e mantenham um bom equilíbrio emocional”, completou a especialista.
