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Federal prende, em Vitória, gestores do Banco Santos Neves

A Polícia Federal no Espírito Santo concluiu, nesta quarta-feira (19), pelo Núcleo Operacional da PF as três prisões decorrentes da condenação pelo crime de gestão fraudulenta dos administradores do Banco Santos Neves. Alegando ser “a resolução do caso de extrema importância na sociedade capixaba”, a Polícia Federal, por meio de nota, informou que as detenções são de interesse dos clientes lesados pela falência do banco em 2001.

Foram presos Luiz Renato Tommasi dos Santos Neves, José Augusto dos Santos Neves e Carlos Guilherme Lima. Os três foram condenados pelo juiz da 1ª Vara Federal Criminal de Vitória Marcos Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa.

Eles estão na lista dos três acusados por um esquema de empréstimos fraudulentos que levou o Banco Santos Neves a falência. De acordo com o Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES), os administradores do Banco Santos Neves foram responsáveis pela concessão e renovação de sucessivos empréstimos para a empresa Escon Construções e Montagens Ltda – cliente com excesso de contratação de risco e potencialmente inadimplente – entre os anos de 1993 a 2001. Os empréstimos à Escon chegaram a totalizar 44% do patrimônio que os sócios ou acionistas tinham em 1996.

Segundo o MPF-ES, essa concentração de risco em uma única empresa motivou a instauração de um processo administrativo pelo Banco Central (Bacen) que culminou com uma pena de advertência aplicada ao Banco Santos Neves, em 1998, por infração ao princípio da boa técnica bancária. Os administradores do banco, entretanto, continuaram emprestando dinheiro à Escon por meio de outras empresas ligadas ao grupo.

Outra irregularidade que motivou a denúncia foi que os gestores do Banco Santos Neves se apropriaram de mais de R$ 2 milhões – em 2001 – recebidos de uma empresa, destinados à quitação de um empréstimo contratado pela mesma empresa com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tendo como agente financeiro o Banco Santos Neves. O correto seria repassar o dinheiro integralmente ao BNDES, mas os gestores do Santos Neves depositaram os recursos em suas contas pessoais e utilizaram para operações comerciais de ações com um lucro indevido de mais de R$ 85 mil.

De acordo com a ação, o Banco Santos Neves também publicou relatório de administração e balanço patrimonial com informações falsas com o objetivo de aparentar boa situação econômica e enganar acionistas e clientes. Exatos três meses após a publicação do balanço, foi decretada a liquidação do banco.

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