Todas as famílias desalojadas na reintegração de posse no bairro Morada da Barra serão realocadas para um novo abrigo em cerca de 10 dias. É o que afirma a prefeitura de Vila Velha. Os moradores que estão locados na escola municipal Darcy Ribeiro serão direcionados ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da região.
Leia também: Justiça determina que famílias de Morada da Barra sejam abrigadas em escola de VV
A decisão foi anunciada pelo atual prefeito Max Filho na tarde desta quarta-feira (19). O prefeito afirma que o objetivo principal da proposta é adiantar o retorno dos alunos para o curso normal do ano letivo. Na escola, estudam cerca de 750 alunos, divididos em três turnos.
“A prefeitura vai adequar um espaço que estava destinado à construção de um Cras pra região de Morada da Barra. Estimamos um prazo de cerca de 10 dias para adequar essa instalação e poder receber cerca de 21 famílias e dar condições de abrigo temporário para essas pessoas. A escola Darcy Ribeiro poderá retomar o curso normal do ano letivo, sem causar prejuízo maior as crianças que estão regularmente matriculadas”.
O prédio é uma estrutura que foi comprada pela prefeitura em 2008 e começou a ser reformado neste ano. As adequações feitas serão instalações básicas de água e energia, e algumas divisórias para locação. Como só cabem cerca de 21 famílias, será necessária uma seleção.
Para as outras famílias a prefeitura ainda aguarda um apoio do governo do estado. Após a colocação das famílias no novo espaço, eles serão inscritos nos programas de moradia social como o minha casa, minha vida.
As famílias
Após serem despejadas, as famílias ficaram sem lugar para e deixar seus imóveis. Algumas foram para a residência de parentes, mas a maioria deles se deslocou para frente da escola Darcy Ribeiro, na intenção de dormir. A ocupação do local foi aprovada por volta das 20h, após decisão da justiça.
Segundo os desalojados, o local era abandonado e foi invadido a cerca de sete anos por várias famílias. Outros ainda dizem que chegaram a comprar o terreno de uma terceira pessoa.
O pedreiro José Fernando Bonfim, que morava em uma das residências desapropriadas, diz que há cerca de duas semanas os antigos moradores tem buscado formas de regularizar suas moradias, mas todas as tentativas foram negadas.
“Eu espero que eles reconheçam a situação das pessoas, de acordo também com os direitos humanos, e ajude cada um , conforme precisamos”.
