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Famílias continuam ocupando o antigo Hotel Majestik, em Vitória

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Marina é uma das ocupantes do prédio e está no local com a filha de apenas 15 dias. Foto: Thais Rossi

Mesmo com o pedido de reintegração de posse feito pela Procuradoria Geral do Estado, as mais de 15 famílias que estão morando no antigo Hotel Majestik, no Centro de Vitória, ainda permanecem no local. O prazo de 48h para que elas desocupem o local (contados a partir do dia 18), terminaria nesta quarta-feira (20). Porém, pode ter sido prorrogado. Uma reunião acontece ainda hoje para decidir o caso.

No prédio ocupado encontram-se crianças, jovens, adultos e idosos e até uma bebê de apenas 15 dias de nascida. A mãe dela é a desempregada Marina Costa, que mora em ocupações há cerca de cinco meses por falta de emprego e não ter para onde ir.

“Teremos que procurar ajuda de parentes, se for o caso. Minha irmã vive numa casa pequena, com os filhos e marido. É a família dela. Não tem condições de estar me apoiando. Estamos em busca de moradia. Estou desempregada há uns dois anos, sem condições de pagar aluguel e vim grávida”.

Jussara de Oliveira Souza, de 36 anos, está na ocupação há três meses. Segundo ela, são muitas famílias que não sabem o que fazer, caso a reintegração de posse aconteça. “São de 10 a 20 famílias. Contando todas as outras ocupações, são mais ou menos umas 40 famílias. Precisamos de uma moradia. Nem todos tem lugar para ir. Vamos continuar aqui, mesmo com o pedido de reintegração. Eu não tenho emprego há uns dois anos. Tenho três filhos. Não tenho para onde ir e fico aqui”.

O presidente do Movimento Nacional das Famílias sem Teto Vindas da Fazendinha (MNSTS), Vicente Mendes Filho, o MC TIM, informou que o processo está com o juiz Mario da Silva Nunes Neto, da 3ª Vara da Fazenda Estadual de Registros Públicos de Meio Ambiente de Vitória.

“O secretário de cidadania esteve aqui. Disse que o prédio está vulnerável. Estamos na expectativa e ainda não sabemos o que vai acontecer. O representante ainda não faz contato. Não temos destinação. Mas possivelmente faremos outra ocupação. Tem outros prédios vazios. Não é o que queremos, mas possivelmente faremos isso”.

Na decisão por reintegração de pose, o juiz sustenta que a Defesa Civil foi acionada e no dia 18 de abril realizou vistoria de levantamento de risco pelo Corpo de Bombeiros Militar. Na oportunidade, foi constatado que o prédio apresenta trincas em diversas paredes e tetos; infiltrações severas; lajes com exposição de armadura metálica nas vigotas de concreto; blocos cerâmicos muito danificados; água acumulada no piso em diversos pontos e instalações elétricas aparentes e sem o devido isolamento.

De acordo com o juiz, o laudo caracteriza risco iminente aos ocupantes. Ainda segundo o magistrado, no dia 11 de maio, A Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) notificou os ocupantes da situação precária em que se encontra a edificação, determinando a saída imediata deles. Porém, sem êxito, uma vez que o líder da ocupação, MC Tim, teria se recusado a receber e assinar a notificação.

A reportagem do ESHOJE demandou e aguarda retorno do Governo Estadual e também da prefeitura de Vitória sobre a reintegração de pose e o destino das famílias ocupados no antigo Hotel Majestik.

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