A família da médica Milena Gotardi Tonini Frasson, de 38 anos, aguarda decisão da justiça pela guarda das duas filhas dela, de 2 e 9 anos. Desde o crime as crianças estão escondidas e sem acesso a notícias sobre o que aconteceu. A vontade da médica escrita em carta e registrada em cartório é de que elas fiquem com um tio.
Segundo o aposentado Geraldo Gottardi, tio de Milena, essa decisão pode sair ainda nesta segunda-feira (25), mas eles enfrentam dificuldades e esperam que a justiça se manifeste o mais rápido possível. “Alguém está barrando. Não dá parte do Hilário, porque ele não tem família. Estamos escondendo as meninas para não saberem notícias, mas não podemos ficar fazendo isso”, afirmou.
Na última sexta (23) a família de Milena acatou a orientação do secretário de Segurança, André Garcia, e outros membros da polícia, de não dar entrevistas para não atrapalhar as investigações. Até o momento, essa decisão está mantida. “Vamos nos reunir com os advogados para saber se poderemos dar entrevistas”, disse Geraldo Gottardi.
O crime
A médica Milena Gottardi Frasson foi baleada por volta das 19h da última quinta-feira (14), no estacionamento do Hospital Universitário (Hucam), em Vitória, e faleceu as 16h50 do dia 15 de setembro. Em abril ela deixou uma carta registrada em cartório relatando o ambiente hostil em que vivia em casa com as duas filhas; da instabilidade emocional do marido, o policial civil Hilário Antonio Frasson, e o receio que tinha de ser morta. No documento ela manifesta o desejo de que as meninas fiquem com o irmão dela, supervisionadas pela mãe.
