Leone Oliveira – [email protected]
Uma faixa de pedestres localizada no cruzamento em frente a transportadora Continental, na Rodovia Carlos Lindenberg, em Vila Velha, tem colocado em risco a vida das pessoas que tentam atravessar de um lado para o outro da via. Para chegar ao outro lado da rodovia, o pedestre precisa se arriscar e correr, enquanto um dos sinais está aberto para o trânsito de veículos.
O pedestre que sai do bairro Cobilândia espera o semáforo fechar para atravessar a via, no entanto, o sinal para os motoristas que saem desse mesmo bairro abre e uma das alternativas para o condutor é curvar a direita (onde está a faixa) para seguir no sentido Glória.
Já o transeunte que vem do bairro Alvorada – no outro lado da rodovia – consegue atravessar com facilidade e segurança até o canteiro central. Para percorrer o restante da travessia e chegar do outro lado da via, ele precisa esperar o fluxo de veículos diminuir e correr. A mesma situação acontece quando é necessário atravessar da calçada da transportadora para o outro lado. “Essa faixa coloca em risco a segurança das pessoas. A solução é uma passarela. Pela Lindenberg não tem uma passarela”, sugeriu o pintor Antônio Pereira que acabara de atravessar de Alvorada para o lado de Cobilândia.
“Precisa ter uma regulagem do tempo do sinal”, cobrou o motoboy Jean Leite. A mesma ideia é compartilhada pelo padeiro, Jefferson Caetano. “O tempo de sinal não dá para atravessar. A gente tem que se arriscar a sofrer um acidente”, contou ele que acabara de atravessar a rodovia de bicicleta.
Secretário promete que até julho a situação será resolvida
O secretário de Transportes e Trânsito de Vila Velha, Romário de Castro, disse que a Prefeitura tem conhecimento dessa situação. “Ali, na verdade, temos uma sinalização que está sendo estudada para fazer alterações”, contou. O estudo deve ser finalizado e as alterações colocadas até o mês de julho.
De acordo com ele, os semáforos do cruzamento são de três tempos (enquanto o sinal para quem sai de Alvorada está aberto, os outros três estão fechados; quando a trânsito de quem sai do bairro Cobilândia é permitido, as outras três vias estão com sinal vermelho; e enquanto os semáforos da Lindenberg estão abertos, os das saídas dos bairros estão fechados).
Castro explica que esse tipo de cronometragem funciona bem em vias mais estreitas. A Rodovia Carlos Lindenberg é uma via larga, um pouco maior do que o padrão de oito metros, por isso a dificuldade em atravessá-la. “O nosso estudo é para fazer um semáforo de dois tempos”, revela o secretário. A saída seria alterar o trânsito do local, impedindo que um desses cruzamentos funcione do modo que ocorre atualmente. Dessa forma o pedestre tem mais tempo para atravessar e segurança, já que os veículos que saem de algum dos bairros não poderá transitar por ali.
Sobre a sugestão da passarela, o secretário disse que seria o ideal, no entanto, antes é necessário fazer um estudo para esse tipo de investimento, que segundo ele, não é pequeno. Algumas das questões a serem levadas em consideração no estudo são o local onde ficará a passarela e os possíveis imóveis que terão que ser desapropriados para essa construção.