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Ex-namorada ajudou acusado de estuprar e matar enteada a fugir

IMG-20170609-WA0107O vendedor de celular Michael Lelis, 28, acusado de torturar, estuprar e matar  a enteada Fabyanie Isadora Claudino, de 2 anos e 4 meses, no dia 18 de maio, teve ajuda de uma ex-namorada para fugir. Segundo a polícia civil, a mulher, uma vendedora de 30 anos, sabia do crime. Mesmo assim, foi com ele de moto para Viana, voltou e ambos passaram a noite em um motel de Cariacica.

Em depoimento  ao titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Lorenzo Pazolini, a vendedora confessou que ajudou na fuga. No entanto, afirmou que todo o tempo tentava convencer Michael Lelis a se entregar para a polícia. Ambos têm uma filha de 10 anos e negam que mantiveram relações sexuais.

“Ela alega que queria entrega-lo a polícia mas isso não se sustenta. Houve tempo suficiente para manter contato, e dizer onde ele estava. No entanto, ela não o fez. É uma versão fantasiosa em razão do tempo que eles permaneceram juntos. Ela deu fuga para vários locais”, disse o policial.

O delegado informou que o acusado recebeu a notícia da morte de Fabyanie no final da manhã do dia 19 de maio, uma sexta-feira A partir dai, ligou para a ex-namorada pedindo ajuda e ambos se encontram em Campo Grande, Cariacica. Eles foram de moto para Viana (onde ele se escondeu), voltaram a Cariacica e entraram no motel após o almoço, por volta das 12h de sábado. Ela pagou a conta, foi embora e ele ficou no local sozinho, porque não sabia para onde ir.

Lorenzo Pazolini informou ainda que o acusado foi a uma festa após sair do Hospital Infantil, em Vitória, para onde a vítima foi levada. Ele passou a madrugada no local fazendo uso de bebida alcoólica. Depois voltou para casa, dormiu, e no outro dia andou pelo bairro Campo Grande antes de saber da morte. “Isso mostra uma absoluta frieza que foi facilmente detectada durante os interrogatórios. Além da repugnância do crime, ficou bastante evidente a indiferença que ele nutre pela vítima. Mesmo cometendo um crime dessa gravidade, não notamos um arrependimento verdadeiro”.

IMG-20170609-WA0108Para a polícia, Michael Lelis afirmou que bebeu quase uma garrafa de whisky no dia do crime. Após isso, torturou e estuprou a criança com objetos por cerca de quatro horas, das 16h às 20h. Mas segundo delegado, no local foram encontradas duas garrafas da bebida cheias e lacradas, o que mostra que o acusado mentiu. Na cena do crime foi coletado material genético (sangue e esperma), para comprovar a presença de acusado e vítima na residência.

“Os peritos conseguiram extrair esse material e nos vamos comprovar que só havia ele e a vítima na residência. Isso vai ser importante se eventualmente a defesa afirmar que havia uma terceira pessoa no local do crime. Desde já vamos desqualificar e desconstruir essa tese”.

Na delegacia, Michael Lelis não respondeu perguntas. Disse apenas que vai apresentar sua versão no fórum, e que a mãe da vítima, Maria Izabel Claudino 22, presa por omissão, não sabia dos fatos.

A inquérito foi concluído e será enviado ao Ministério Público ainda na tarde desta sexta-feira (9). O delegado pediu a prisão preventiva dos acusados, que até o momento estavam reclusos por 30 dias. Ambos vão responder por tortura e estupro de vulnerável (com resultado morte), e podem pegar até 31 anos de prisão.

A vendedora vai responder por favorecimento pessoal, porque ajudou na fuga do acusado. Segundo Pazolini, ela não tinha obrigação legal com a criança. Dessa forma, não será indicada por saber do crime e não avisar a polícia. A pena pode chegar a seis meses de reclusão.

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