Um estudante de direito, ex estagiário do Fórum da Serra, está entre os suspeitos de participar do roubo de cerca de 150 armas no último mês. Ele é acusado de ser o mentor do crime e passar as informações para a realização do furto dos objetos.
O suspeito é Pedro Henrique Barbosa Pinto, 26 anos, ele é estudante do quarto período de direito. De acordo com o delegado da Patrimonial, Fabiano Rosa, ele já tem passagem por furto e teria entrado no Fórum com o objetivo de praticar o crime. Ele conta que o caseiro do cerimonial reconheceu Pedro Henrique como sendo a pessoa que reservou o local para um festa. Ele conta que com o acusado foram apreendidos seis mil reais em espécie.
Também foram presas outras 13 pessoas. São eles: Djalma Meire Salvador Junior, Guilherme Carvalho Soares e Raí Pereira Silva, que são acusados de executar o furto. Ronan Beloti de Oliveira, João Batista Júnior Goldner Alves, Leonardo Braga de Souza, Josimar Jesus dos Santos, Daniel dos Santos Marriel, Eric Mariano Simões, Edilson Lopes da Silva, Thyago Ribeiro Lourenço, Adriano Motta de Souza e Josiel Vicentin de Araújo, também foram presos como acusados de participar da divisão das armas. Outras três estão foragidas, são: Djalma Silva de Abreu Júnior, Josmar de Araújo e Giovane Pinto de Souza.
“Convidamos o dono do cerimonial para ir à delegacia ele reconheceu o estagiário por meio de foto. Assim conseguimos levantar que eles fizeram um depósito em uma casa lotérica realizado pelo investigado Djalma, após a notícia fomos até a casa dele e conseguindo recuperar 200 munições. Posteriormente começamos a prender 42 armas, 36 armar e 27 armas em operações em diversos dias e podemos perceber que Pedro Henrique por ter toda informações recrutou alguns traficantes da região de Serra Dourada para executar o furto e após o furto fizeram a divisão de todas as armas”, aponta.
Questionado sobre a possibilidade de ter outras pessoas envolvidas, o delegado aponta que até o momento não há suspeitas, mas as investigações continuam.
Foram recuperadas 113 armas, cerca de 10 quilos de drogas e 1013 munições, colete e R$7.910,00. Segundo o secretário de segurança André Garcia, as armas seriam utilizadas para abastecer o mercado do crime. “Seriam armas utilizadas contra a sociedade e contra a polícia também. Quase todos eles tem as famosas passagens criminais, por tráfico, por porte ilegal de armas, por furto qualificado e estavam de volta nas ruas, praticando crimes como esses”, explica.
Segundo o delegado da Deten João Paulo Pinto, as armas furtadas foram direcionadas para os traficantes, em sua maioria da Serra, e seriam usadas em guerras entre traficantes ou emprestados ou alugadas para assaltos na Grande Vitória. “Foi um crime audacioso, apesar da suposta fragilidade do local, eles tinham uma informação privilegiada, planejaram muito bem o crime, felizmente não conseguiram concluir todo o planejamento deles, mas graça a ação rápida da polícia conseguimos impedir a diluição dessas armas no mercado do crime que impediria a identificação delas da maneira que ocorreu”, explica.
