Náuseas, vômitos e vertigem. Esses são os principais sintomas que uma pessoa com labirintite pode sentir. Porém, são problemas comuns em outros tipos de doenças, o que, muitas vezes confundem as pessoas. Mas a labirintite é mais comum dos que se imagina.
Uma pessoa estressada e que sofre de enxaqueca, também precisa ficar atenta: são esses os pacientes mais propensos a doença, explica a médica Betina Mameri.
O termo labirintite, comumente utilizado, é para designar as doenças que causam tonturas devido a desordens do labirinto, órgão que fica na orelha interna e é responsável pelas funções da audição e do equilíbrio. As crises podem começar fracas, durando apenas alguns segundos e evoluir, até chegar à fase aguda da doença.
“A crise inicia geralmente com uma tontura rotatória, que piora com a movimentação da cabeça, dura de segundos a dias. Pode estar acompanhada de náuseas, vômitos, zumbido ou ainda sensação do ouvido entupido. Doenças neurológicas, doenças cardiovasculares, diabetes, hipoglicemia, dentre outras, podem iniciar com quadro de tontura e muitas vezes são confundidas com labirintite”, afirma.
A jornalista Ivoneide Souto sofreu com a labirintite. Ela conta que foi uma crise rápida, mas um susto. “Fiquei um dia e meio sofrendo com a doença e não sabia o que era. A cabeça começa a rodar, muita tonteira e não consegue ficar em pé, qualquer posição incomoda. Deu apenas uma vez”, afirma.
De acordo com Mameri, nas crises é recomendado procurar atendimento médico, repouso e ingerir muitos líquidos. Ela diz ainda que são utilizados medicamentos até restabelecimento do equilíbrio e diagnóstico etiológico da doença. Os exercícios de reabilitação vestibular orientados pelos fisioterapeutas, fonoaudiólogos e otorrinos estão indicados em alguns casos.
O engenheiro Paulo Lopes relata que para descobrir que estava com labirintite, chegou a ir à especialistas em doenças cardíacas e geriatras, acreditando que as tonturas e enjoos eram resultado pressão baixa ou alta. “Um dia levantei da cama e me senti tonto a ponto de quase cari. Achei que tinha sido porque levantei depressa. Mas começou a ficar mais frequente e me dar enjoos. Meu desespero com as repetições me davam taquicardia e após procurar um médico e ter labirintite como diagnóstico foi uma surpresa. O tratamento é simples e os cuidados são em ter uma vida saudável”, relatou.
Segundo a médica, alguns estudos demonstraram que os pacientes enxaquecosos e estressados, estão mais propensos à doença. Portanto, não ter uma alimentação saudável e ansiedade também podem está relacionado ao problema. “A prevenção que pode ser feita em indivíduos que já apresentaram sinais da doença são evitar o consumo exagerado de cafeína, refrigerante, doces e chocolates”, aponta.