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Estradas bloqueadas em protesto contra Municipalização da Saúde Indígena em Aracruz

ìndígenas bloqueiam estrada em protesto
Estradas foram bloqueadas em protesto contra a municipalização da saúde indígena (Foto: Divulgação/Whatsapp)

Motivados pela decisão do Governo Federal de acabar com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), responsabilizando os postos de saúde dos municípios, povos indígenas da região de Aracruz estão se mobilizando na manhã desta quarta-feira, (27), e fecharam dois pontos da Rodovia Primo Bitti, que liga a cidade à Coqueiral de Aracruz.

Segundo a Polícia Militar de Aracruz, duas vias estão completamente bloqueadas desde às seis horas da manhã, causando uma grande fila de veículos aguardando passagem nos pontos de Irajá e Caieiras Velha.

De acordo com informações do Jornal Voz do Piraqueaçu, de Aracruz, o objetivo da manifestação é chamar a atenção das autoridades sobre atitudes do governo contra políticas indígenas que ferem os direitos dos povos, que são amparados por lei. Mas a decisão de manifestações é questionada por algumas lideranças indígenas da região.

O Cacique Toninho, da aldeia Comboios, decidiu não participar dos protestos desta quarta-feira, pois segundo ele, prioriza em primeiro lugar o diálogo. “Essa manifestação é importante, pois o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que tirar todo o poder da Sesai e criar um departamento para controlar todas as medidas de saúde indígena, municipalizando a saúde do povo indígena. Essa mobilização é a nível nacional, mas antes de qualquer coisa, decidimos não participar neste momento, pois em primeiro lugar queremos ter um diálogo, e só assim, caso não funcione, pensaremos em qual atitude tomaremos”.

Segundo o cacique, na noite da última terça-feira, (26), dois deputados do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), enviaram uma proposta de audiência pública para que a saúde indígena seja discutida. “Vamos esperar essa audiência antes de tomar medidas de urgência, com isso, outras aldeias como as de Irajá e Pau Brasil, também decidiram não aderir ao movimento neste momento”.

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