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Espírito Santo é o quinto colocado no ranking nacional do feminicídio

Karen Manzoli
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feminicidio1(1)O Espírito Santo ocupa a quinta colocação no ranking nacional de crimes praticados contra vida de mulheres, o feminicídio. No estado capixaba, em uma semana (de 18 a 25 de agosto), foram assassinadas sete mulheres cujos crimes estão dentro desta classificação.

Um dos casos foi informado pela Polícia Civil nesta sexta-feira (25), com a morte de Eliane Del Puppo, 34, com uma facada no peito.  O crime foi praticado pelo esposo, o motorista Paulo Sérgio Pereira da Silva, 38, a localidade de Alto Paraju, em Domingos Martins. O corpo da vítima foi encontrado dentro do carro do casal, pelo irmão da vítima.

Em todo Brasil, conforme análise feita recentemente pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), os números de mulheres mortas em razão do gênero são absolutamente alarmantes: oito por dia.  De janeiro a junho deste ano no ES foram registrados 60 casos de homicídios de mulheres no Estado, segundo dados divulgados pela SESP. Mas existem mais de 14 mil ações na justiça, relacionadas a casos de violência contra mulheres.

O feminicídio ganhou especial destaque após alteração do Código Penal, que em seu artigo 121, parágrafo 2, VI, incluiu em 2015 o tipo incriminador.

Mudança a realidade
A posição ainda é bastante preocupante, mas, se comparada com anos anteriores, apresenta queda, e um saldo positivo para as medidas de enfrentamento à violência contra mulher, segundo a Gerente de Proteção a Mulher da Secretaria de Segurança Pública (SESP), Daniella Figueiredo. “Nós temos a Patrulha Maria da Penha, que ajuda a registrar e fiscalizar as ocorrências; a Casa Abrigo Estadual, que é um equipamento destinado a assistir e abrigar mulheres vítimas em risco de eminencia de morte; e o grupo reflexivo “Homem que é Homem”, explica.

O “Homem que é Homem” funciona desde 2015 na Grande Vitória, e foi implantado nesta quinta-feira, 24, em Linhares. “Os resultados são fantásticos, tivemos no ano passado, uma média de apenas 5% de pessoas que frequentaram o grupo e voltaram a praticar atos”, destaca. Foram trabalhados sete grupos, por ano, com cerca de 15 pessoas em cada um deles.

A adesão é voluntária, mas todos os acusados de crimes domésticos contra mulher são obrigados a participar do primeiro encontro, que fornece orientações das penalidades jurídicas e apresenta a Lei Maria da Penha. Neste ano, o grupo está finalizando o quinto ciclo.

Daniella Figueiredo explica ainda que as psicólogas e assistentes sociais atuam na desmistificação do machismo, para que ele não volte a cometer tais atos.  “A maior parte dos agressores entende que suas condutas são violentas, mas que são justificáveis. Nesses grupos eles refletem, e assumem um papel diferente. E acima de tudo se tornam multiplicadores dessa pratica de não violência”, relata.

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