A equipe Canui, que representou o Brasil na categoria V6 Master Feminino no Campeonato Mundial de Va’a 2017 – Longa Distância, alcançou a sétima posição na disputa. Esta foi a primeira vez que uma equipe feminina brasileira foi classificada para a competição, enfrentando na prova competidores de outros nove países. O campeonato termina nesta sexta-feira, 30, no Tahiti.
A atleta Taís Amorim, que integra a equipe Keakua no Espírito Santo, representou o Estado na disputa e conta que o Brasil fez uma prova incrível. “Competimos com equipes muito fortes e de altíssimo nível. A Nova Zelândia disparou na frente, mas conseguimos conquistar uma colocação excelente. Foram 27 quilômetros de remada forte e nossa canoa estava em um conjunto lindo. Foi uma prova intensa”.
Praticante de canoa havaiana há três anos e meio, Taís começou a competir em 2014. Desde então, disputa anualmente os campeonatos estadual e brasileiro, além de competir em provas de longa distância como a Volta a Ilha de Santo Amaro, prova de 75k com revezamento. Em 2016, foi campeã brasileira e conquistou o terceiro lugar no Sulamericano junto com a equipe Keakua, vitória que garantiu a vaga no mundial.
Para a atleta, a oportunidade de competir no mundial foi uma grande experiência. “Para toda a equipe já foi uma vitória participar da competição. O Brasil ainda é um “bebê” neste esporte e enfrentamos equipes muito fortes, como Tahiti, Havaii, Austrália, Nova Zelândia, dentre outras. Mesmo se tivéssemos ficado em último lugar teria sido espetacular”.
Esporte milenar, a canoa havaiana chegou ao Brasil no final do ano 2000, na cidade de Santos (SP) e vem se popularizando, principalmente devido aos seus muitos benefícios para a saúde. Nos últimos anos, começou a ganhar adeptos no Espírito Santo com a inauguração, em Vitória e Vila Velha, de bases, que são clubes que promovem a prática e ajudam a preservar sua cultura e sua tradição.
Na categoria V6, em que Taís disputou o campeonato, a canoa Va’a mede de 12 a 14 metros de comprimento, com 50 centímetros de largura e pesa entre 150 e 200 quilos. Ela é caracterizada por um “braço exterior” lateral, chamado de ama, que dá maior estabilidade. Cada um dos seis remadores tem um papel específico. O primeiro e o segundo ditam o ritmo das remadas. O terceiro e o quarto funcionam como os “motores”. O quinto dá suporte para o sexto integrante, o capitão da equipe, que tem a função de dirigir a canoa. A atleta capixaba fica na quinta posição.
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