por Leone Oliveira – [email protected]
Médicos, trabalhadores, empresários e profissionais do serviço público discutem a ampliação do sistema de atestado médico digital para todo o Espírito Santo, na manhã da próxima terça-feira (09), no auditório da Findes.
O sistema que evita fraudes de atestados médicos foi desenvolvido por Robson Sant’Ana Pereira. Cada documento desse tipo elaborado pelo profissional de medicina gera um código de barras e é lançado instantaneamente na internet para validação da empresa. Na Grande Vitória, a ferramenta foi implantada nos municípios de Vitória e Serra. Os atestados digitais valem tanto para órgãos públicos quanto para empresas privadas.
Antônio Perovano, diretor secretário do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Espírito Santo (Seaces) e vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços e Limpezas Ambientais (Febrac) – Região Sudeste, fará a apresentação do sistema. Segundo ele, o software serve para ter um controle sobre os atestados médicos emitidos e apresentados nas empresas e órgãos públicos. “Muitos atestados são adulterados e duvidosos”, explica.
Perovano lembra um levantamento feito pela Federação do Comércio do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES) em que foi constatado que o índice de atestados médicos falsos, adulterados ou duvidosos gira em torno de 8%.
No município de Vitória, o sistema foi implantado em todas as unidades de saúde e Centros de Especialidades e Referência, desde junho do ano passado. De 1º de janeiro até esta sexta-feira (05), foram emitidos 87.648 atestados médicos por esse sistema.
O coordenador de projetos da Subsecretaria de Tecnologia e Informação de Vitória, Paulo César Barbosa Fernandes, conta que a ferramenta tecnológica praticamente eliminou as chances de fraudes. “Evita fraudes porque as informações ficam armazenadas na base de dados”, explica.
Mesmo que uma pessoa altere as informações do atestado de papel, quando a empresa for fazer a validação do documento pelo site da Prefeitura de Vitória, o sistema acusará o erro.
Nas duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Serra , o software também foi implantado há cerca de um ano. A subsecretária de saúde da Serra, Eida Gonçalves, garante que o sistema possui total segurança. “Cada atestado gera um número que a empresa pode verificar pela internet que ele foi realmente emitido”, afirma.
