Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, nesta quarta-feira (8), o empresário Fabrício Silva da Penha resolveu preparar um almoço especial para a esposa. Porém, ao começar os preparativos teve uma surpresa desagradável. Ao desembalar um repolho, Fabrício encontrou um preservativo, aparentemente usado – estava fora da embalagem – dentro da verdura. O repolho foi comprado no supermercado da rede Carone, em Campo Grande, Cariacica, na segunda-feira (6).
O empresário relatou que sempre faz compras de verduras em grandes quantidades e por isso não tem tempo hábil para verificar cada um. A rotina, no dia de compras, é chegar com os produtos e guardar na geladeira. Foi o que fez, na segunda e, por isso, somente notou quando foi utilizá-lo.
“Eu vi que a parte em que fica a raiz do repolho, e onde estava o código de barras, estava com um acumulo de papel filme. Então fui retirá-lo, quando percebi uma coloração marrom e um cheiro forte. Abrir o repolho retirei um objeto com a textura plástica, e confirmei pelos detalhes que se tratava de um preservativo, aberto, fora da embalagem”.
O empresário tem uma filha de seis anos, o que o fez ficar ainda mais preocupado. “Imagina se ela tivesse pegado?”. Revoltado Fabrício decidiu tomar providência, e acionou sua advogada para acionar o Carone na Justiça.
A advogada Tatiana Vilela destacou que este caso se encaixa em danos morais, assim como o Superior Tribunal Regional (STJ) já julgou e decretou em alguns casos. Em caso baseado pelo artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), o STJ condenou uma empresa de bebidas, após um corpo estranho ter sido encontrado em uma garrafa de água mineral.
No Art. 12 do CDC o fornecedor responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
“Apesar do produto adquirido por Fabrício ser in natura e não industrializado, ele foi embalado e manipulado pelos funcionários do supermercado. Passando assim pelo critério de avaliação do Carone. Com um corpo estranho contaminado na verdura, ela se tornou inviável para consumo”, alertou. “Não se sabe se o preservativo foi colocado usado e o que poderia estar dentro dele”, concluiu.
Controle de qualidade
Em um grupo chamado Controle de Qualidade das redes sociais Fabrício fez uma postagem relatando o ocorrido. Na descrição ele marcou o supermercado Carone. Já são cerca de 50 comentários em apoio e de pessoas surpresas e enojadas com o que aconteceu.
A rede de supermercado foi procurada, mas até o fechamento da matéria o Carone não se manifestou.
