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Empreender: alternativa para desemprego ou mudança cultural?

Alternativa para o desemprego ou mudança cultural? Hoje cada vez mais pessoas entre 18 e 26 anos optam por abrir o próprio negócio em vez de procurar empregos. Uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que dois em cada três jovens brasileiros pretendem se tornar empreendedores nos próximos anos. A realização pessoal é a principal motivação para abrir o próprio negócio.

A taxa de empreendedorismo entre estes jovens saltou de 16,2%, em 2014, para 20,8%, em 2015 (último dado disponível). Ou seja, mais de um quinto dos jovens nesta faixa etária criam o próprio negócio. Em 2007, o percentual era de apenas 10,6%. Para especialistas, a maior recessão da história do país e fatores culturais explicam o aumento.

Wanderlúcio Miranda, de 26 anos, faz parte das estatísticas.  O empresário e estudante de economia, há 4 anos recebeu uma proposta de um cliente da área de representação comercial onde ele atuava, que ofereceu sua loja para venda. “Porém você deve concordar comigo, porque alguém venderia uma empresa se essa lhe proporcionasse grandes resultados? Mas estudei a proposta, faturamento, custos e planejei um novo espaço com algumas modificações. Arrisquei e em 10 meses havia recuperado todo o investimento feito. Moral da história: o empreendedor corre riscos, vai à contramão.”

A coordenadora do Sebrae Carla Teixeira Panisset considera que a tendência deve ser mantida, mesmo depois que o mercado de trabalho começar a se reaquecer. “A mudança veio para ficar. Cada vez mais os jovens pensarão no empreendedorismo como oportunidade de trabalho. Temos a internet como vitrine para iniciativas que acabam virando negócios e o ambiente de economia colaborativa, que incentiva o empreendedorismo.”

Para especialistas e consultores, casos como o de Wanderlúcio mostram que a crise impulsiona uma mudança cultural no jovem que entra no mercado de trabalho.

Lyana Bittencourt, diretora do Grupo Bittencourt, consultoria especializada em franquias, percebe a mudança no dia a dia. Há duas décadas, seu público era formado, principalmente, por executivos em fim de carreira em busca de um plano B para a aposentadoria. Hoje, esse espaço foi tomado por jovens.

Há pouco mais de um ano, Wanderlúcio, investiu ainda no mercado de marketing de relacionamento. “Sendo este ainda um modelo de negócios relativamente novo, muitos questionaram, porém enxerguei dentro do novo o pioneirismo e conquistei grandes resultados. Por se tratar de uma oportunidade de empreendimento de investimento irrisório, a melhor parte foi poder perceber a quantidade de pessoas que estavam empreendendo pela primeira vez, tendo como foco conquistar a independência financeira e qualidade de vida”, explica.

O empreendedorismo gera emprego, gera renda, movimenta o mercado, e é capaz de tirar um país do “buraco”. Para empreender é preciso estudar sobre o mercado de forma bem detalhada, ler muito, buscar experiência com pessoas que chegaram exatamente onde você quer chegar, e então, ganhar o mundo.

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