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Emplacamento padrão Mercosul é alvo de críticas de despachantes

alx_novas-placas-mercosul_originalCom a adoção das novas placas do Mercosul em circulação no Espírito Santo desde 3 de dezembro, despachantes de veículos relatam problemas para realizar os emplacamentos. O motivo é a dificuldade de emitir a documentação, pois, segundo eles, o que era feito pela categoria passou a ser função de um estampador, ou seja, fabricante de placas.

O despachante Vinicius Matias disse que a nova medida gera problemas para os responsáveis, uma vez que eles não terão mais o documento de transferência ou primeiro emplacamento. “Sem a documentação do carro, as revendas e concessionárias não conseguem fazer o investimento com os veículos, e o estado não consegue gerar o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)”, conta.

Matias garante que a mudança vai causar prejuízos à população. “Vai atrapalhar na mobilidade urbana. A população precisará se deslocar até um fabricante de veículos para fazer o emplacamento. Em consequência, haverá mais filas nestes locais”, afirma o despachante.

Os despachantes representam cerca de 80% dos documentos feitos pelo Departamento Nacional de Trânsito (Detran). Vinicius alerta que, com a mudança da forma de como será produzido o emplacamento, fica inviável para os profissionais. “No modelo antigo, nós fazíamos o emplacamento. Agora, eu, que fazia isso de 15 a 20 veículos por dia, mesmo com a vistoria, cadastrado no sistema do Detran, preciso levá-los aos estampadores. Sem contar na contratação de mais funcionários para me ajudar. Eu não dou conta”, criticou.

Ele ainda desabafa que o antigo sistema de emplacamento era melhor para o despachante e mais rígido. “No modelo antigo de emplacamento, nós solicitávamos as placas para instalação. Com o modelo atual, ela pode ser instalada em qualquer lugar, pois possuem QR code”, conclui o despachante Vinicius Matias.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) atualizou a resolução que define o padrão das novas placas do modelo Mercosul e estabeleceu um cronograma para que os estados possam fazer mudança. Com a atualização, não será mais necessário ter o brasão do município e a bandeira do estado onde o veículo foi emplacado e os estados têm até o dia 31 deste mês para fazer a troca das placas.

Por Heberton Silva

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Comentários
  1. Trabalho com grandes empresas de transportes, não é possível um empresário deslocar da sua empresa pra ir até os os fabricantes, se temos um termo de responsabilidade, que assinamos, em cada processo, sempre tivemos o direito de colocar as placas, que era muito mais complicadas, pois eram lacradas, hoje que nem lacre mais existe, estou com uma frota de caminhões, e carretas para emplacar, meus clientes estão sem saber como agir, um veículo perde uma placa, não sabemos como fazer, se está lei não mudar, vai gerar um caus, precisamos uma solução urgente.

  2. Ok isso eu concordo, talvez seja um pouco mais difícil de trocar, e vai diminuir a força da classe. A respeito das placas custarem aproximadamente R$ 53 reais na Argentina alguém do grupo supracitado gostaria de se manifestar, pois este assunto parece que é tabu no Brasil, algo proibido de dizer ou até mesmo de pesquisar…

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