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Em 24 horas, Minas tem mais de 20 ataques a ônibus

Mais de 20 ônibus foram incendiados em 17 cidades de Minas Gerais no período de 24 horas. Somente no sul do Estado nove municípios registraram ataques entre as madrugadas de domingo,3, e desta segunda-feira,4.

Entre as cidades atingidas está Passos, onde a Câmara Municipal também foi atacada e a sala do plenário ficou parcialmente queimada, sendo ainda registrados disparos contra uma repartição da Polícia Militar. Nas proximidades também houve coletivos incendiados em localidades como Alfenas, Varginha, Guaxupé e Pouso Alegre.

Em municípios de outras regiões, como Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, também foram registradas ocorrências do tipo, assim como na capital Belo Horizonte. Em muitos casos, os criminosos agiram de forma parecida ao que aconteceu em Pouso Alegre na noite deste domingo. Eles pararam o ônibus, pediram para todos descerem e atearam fogo no veículo.

Há ocorrências, porém, que diferem um pouco desse padrão. Em Monte Santo de Minas, por exemplo, eles entraram na garagem da prefeitura com garrafas de álcool e incendiaram dois ônibus escolares.

Investigação

De acordo com a Polícia Militar, em todo o estado 30 pessoas foram detidas e levadas à delegacia, sendo oito autuadas em flagrante. Um adolescente também foi apreendido. Ao todo, foram 24 ônibus incendiados nos 17 municípios mineiros. Segundo a Polícia Militar, existe a suspeita que as ações tenham sido, em parte, coordenadas por facções criminosas. A corporação obteve áudios que aponta a autoria de grupos criminosos por trás dos ataques. Alguns foram descartados e outros foram encaminhados para a investigação.

“Parece-nos que houve, em parte, a orquestração de facção criminosa, mas não podemos determinar isso. A investigação é que vai ditar se esses áudios correspondem aos ataques que foram efetivados”, informou o major Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar mineira, que afirma que as ocorrências “podem sim ter relação com demandas vindas de dentro dos presídios”.

Segundo ele, tudo será apurado pelo setor de inteligência da segurança pública, que engloba além do sistema prisional, as Polícias Civil, Militar e Federal. O major também afirmou que ataques semelhantes foram registrados em outros Estados, como São Paulo. A informação, no entanto, não foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Paulo Roberto Netto e Rene Moreira, especial para o Estado
Estadao Conteudo
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