Mais de 45 mil crianças em idade escolar podem ser acometidas de fibromialgia no Espírito Santo. Segundo a Sociedade de Reumatologia do Espírito Santo (Sores), das 762 mil crianças capixabas, 6% podem sofrer de dor crônica sendo mais propensa a se desenvolver em mulheres. O especialista em dor crônica André Félix alerta sobre principais sintomas.
“Geralmente as crianças reclamam mais de dores no lado do corpo e na região da cintura. Essas dores são tanto difusas como também generalizadas e duram por mais de três meses”. O especialista ressalta também sobre sintomas comuns quando se trata da doença como dores de cabeça, fadiga, dor abdominal e distúrbios do sono.
André explica que ainda não há uma causa concreta sobre a razão da fibromialgia, mas alerta que estresse, doenças autoimunes, traumas físicos e emocionais e até mesmo genética podem estar associados com o aparecimento da doença. Na maioria dos casos os pacientes também apresentam quadros de depressão e transtorno de ansiedade.
Não existe um exame específico para diagnosticar a fibromialgia, apenas pode ser detectada pelo diagnóstico clínico. Por meio de exames de todo o aparelho reprodutor os sintomas do paciente são verificados e a partir disso são realizados testes laboratoriais.
Tratamento
Por se tratar de crianças e adolescentes todo o tratamento da fibromialgia é pensado para não ser necessário o uso de medicamentos. Reeducação alimentar, prática de exercícios, psicoterapia e acompanhamentos psicológicos ajudam nos cuidados da doença. “Exercícios como a natação são considerados de baixa intensidade, por isso são indicados para crianças diagnosticadas com o problema. A prática de fisioterapia também ajuda”, salienta André.
O especialista afirma que o uso de medicamentos só é recomendado caso todas as outras práticas do tratamento clínico não tenham funcionado. “Os remédios para tratar da doença são analgésicos, relaxantes musculares e antidepressivos, recomendados sempre em último caso”, finaliza.