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Dólar vai a R$ 4,19, segundo maior valor nominal da história

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar subiu pelo segundo pregão seguido nesta quarta-feira (13) e foi a R$ 4,1910, alta de 0,55%. Este é o segundo maior valor nominal (sem contar a inflação) da história. O pico nominal da moeda americana é de 13 de setembro de 2018, antes das eleições presidenciais, quando o dólar foi a R$ 4,1970, segundo cotação da CMA.
Segundo dados da Economatica, para bater a máxima histórica, a cotação da moeda americana teria que ultrapassar R$ 10,80. O valor equivale ao pico de 2002 corrigido pela inflação, quando a moeda encostou nos R$ 4 entre o primeiro e segundo turnos da eleição presidencial que levou Luiz Inácio Lula da Silva ao poder.
A alta da moeda nesta quarta é fruto de uma aversão a risco de investidores com a guerra comercial entre China e Estados Unidos e protestos na América Latina. 
Nesta quarta, o jornal americano The Wall Street Journal noticiou que “fase 1” do acordo entre os países teria esbarrado na compra de insumos agrícolas americanos pelos chineses. Os EUA quer fixar uma quantidade, em bilhões de dólares, a ser comprada, enquanto a China acredita que tal demanda favoreceria os americanos, sem que os chineses fossem favorecidos na mesma medida.
A expectativa do mercado era que a primeira fase do acordo fosse assinada antes do final do ano. Em discurso na terça (12), o presidente americano, Donald Trump, disse que na ausência de um tratado, novas tarifas serão aplicadas a importações chinesas. 
A piora na tensão comercial intensificou o viés negativo da América Latina, que vive protestos. Na véspera, a cotação do dólar atingiu sua máxima histórica no Chile, sob greve geral e expectativa de mudanças na Constituição. O pico foi renovado nesta quarta, a 794,97 pesos por dólar. 
O Brasil é contaminado pela depreciação das moedas latinas, além do real viver processo de depreciação desde o fracasso do leilão do pré-sal. A expectativa do mercado era de alta participação dos estrangeiros e grande entrada de dólares no país, o que não se concretizou.  
A Bolsa brasileira fechou em queda de 0,65%, a 106.059 pontos, também pressionada pela aversão ao risco.
Segundo Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, também pesam para o cenário negativo a saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL, a invasão da embaixada da Venezuela no Brasil e a saída do ex-presidente Lula da prisão em Curitiba.
“A América do Sul vive uma polarização muito forte. O Lula, em teoria, representa um desses extremos, e sua liberdade é mais um alerta para os investidores estrangeiros”, afirma Beyruti.

Autor: JÚLIA MOURA

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