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Dólar sobe para maior cotação desde abril de 2016

O cenário doméstico voltou a pesar para o comportamento do dólar nesta segunda-feira, 14. Depois de uma abertura em queda, a moeda americana voltou a se valorizar em relação ao real, por conta de pesquisa eleitoral confirmar os rumores que já circulavam na sexta-feira, de que candidatos desalinhados com o mercado subiriam nas pesquisas. O dólar à vista fechou a R$ 3,6267, com valorização de 0,74%.

Essa é a maior cotação da moeda americana desde 7 de abril de 2016, quando fechou a R$ 3,6855. Naquela data, há 2 anos e um mês, o mercado avaliava que haviam caído as chances de um impeachment da presidente Dilma Rousseff, por conta das articulações que o governo fazia em Brasília,inclusive com a ajuda de Lula.

No pregão de hoje, o dólar continuou em alta volatilidade. Variou da mínima de R$ 3,5732 (-0,75%) à máxima de R$ 3,6409 (+1,13%). O volume do segmento à vista alcançou US$ 700 milhões. O dólar para junho, perto das 17h20, subia 0,60%, saía a R$ 3,6290 e negociava US$ 17,8 bilhões.

A pesquisa CNT/MDA divulgada no final da manhã mostrou o crescimento de candidatos que desagradam aos investidores, como Marina Silva, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro. Já Geraldo Alckmin, até o momento o preferido do mercado, não emplaca. Alguns analistas avaliam que o movimento de hoje é parte novamente da especulação. “Ainda não temos nem os candidatos definidos”, diz um operador. “Mas toda essa incerteza pesa para os negócios”, diz.

Por conta desse mau humor, a mudança na atuação do Banco Central em seus leilões de swap cambial teve efeito zero no final do dia. Na noite de sexta, o BC informou que colocaria os swaps separadamente a partir de hoje – parte para a rolagem de junho e parte para atender à demanda diária do mercado. Se continuasse operando da forma anterior, na prática, o BC primeiro terminaria a rolagem e depois acrescentaria contratos à liquidez diária. Mas, para boa parte dos operadores, o dólar reage ao cenário externo e o BC não vai conseguir resultados com pequenas intervenções no câmbio.

Segundo um gestor de moedas de um banco internacional, o quadro é difícil para o câmbio no Brasil. Para ele, o grande driver do movimento das moedas, lá fora e aqui, é o diferencial de juros. “A verdade, nua e crua, é que nenhum mercado emergente tem juros suficientes para aguentar o aumento dos treasuries”, diz. Hoje a T-Note de 10 anos voltou a bater os 3%, com alta de 1,33%.

Ana Paula Ragazzi
Estadao Conteudo
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