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Dólar sobe ante real e outras moedas emergentes após PIB da China

Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
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A desaceleração do crescimento do PIB da China em 2018 para 6,6% – menor expansão desde 1990 (6,8%) – pesa no avanço do dólar ante o real e outras divisas de países emergentes exportadores de commodities na manhã desta segunda-feira, 21. Às 9h39, o dólar à vista subia 0,22%, a R$ 3,7619. O dólar futuro de fevereiro avançava 0,24%, a R$ 3,7635.

Internamente, o investidor segue alheio às investigações envolvendo o filho do presidente Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz, e está focado no discurso, na terça-feira, do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico de Davos.

Deverá monitorar também eventuais declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem várias reuniões programadas para a terça, quando começa o fórum na Suíça. O foco é em detalhes que possam ser transmitidos aos estrangeiros sobre os planos de privatizações e reformas, principalmente a da Previdência.

A Coluna do Estadão apurou que Bolsonaro não dará mais entrevista à imprensa no Fórum, como estava programado a princípio, evitando assim questionamentos sobre o caso Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

Em Brasília, o presidente em exercício Hamilton Mourão chegou ao Palácio do Planalto nesta manhã e também evitou um novo comentário sobre Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Perguntado se as declarações de domingo de Flávio, envolvido em movimentações financeiras atípicas, foram suficientes, Mourão não comentou. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo neste domingo, Mourão havia dito que o parlamentar é quem precisaria explicar o caso, e não o presidente Bolsonaro.

Em entrevista a duas emissoras de tevê também no domingo, Flávio Bolsonaro afirmou que não teve chances de se defender. Justificou sua ausência em depoimento no Ministério Público do Rio por temer cair em uma arapuca e afirma que não pediu foro especial ao STF, ao ingressar com uma ação na semana passada, e que apresentará provas.

Diversas publicações externas destacam nesta segunda que a primeira viagem internacional de Bolsonaro ocorre sob a sombra de dúvidas sobre a origem do dinheiro de Flávio, além do confronto entre Gisele Bündchen e o governo por conta do desmatamento da Amazônia. Nos mercados locais, os investidores têm minimizado o caso de Flávio e seu assessor Fabrício Queiroz, mas novas informações reforçam o clima de desconforto nas mesas de operação.

O colunista do Broadcast, Fábio Alves, ressalta nesta segunda que o desgaste na imagem do governo Bolsonaro, que se elegeu com a plataforma anticorrupção, pode tornar mais custosa a negociação com os parlamentares para a aprovação da reforma da Previdência. Isso porque, apesar da grande renovação na Câmara e no Senado, dificilmente dá para imaginar que as últimas eleições enterraram de vez o fisiologismo no Brasil. “Quanto maior for o desgaste de imagem, maior o custo da negociação da agenda econômica do ministro Paulo Guedes com o Congresso”, diz na coluna.

A coluna diz que as explicações de Flávio e também do seu ex-assessor não convenceram a opinião pública e lembra que o nome do presidente Bolsonaro já foi envolvido nesse episódio quando surgiu a informação de que um cheque de Queiroz, no valor de R$ 24 mil, foi depositado na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em seguida, o presidente explicou que o valor era, na realidade, R$ 40 mil, referentes a um empréstimo feito a Queiroz.

Diante da informação agora de que o valor movimentado nas contas de Queiroz foi de R$ 7 milhões entre 2014 e 2017, o empréstimo de R$ 40 mil fica mais difícil de ser justificado. A coluna indaga: “Quem tem R$ 7 milhões na conta ainda precisa pedir R$ 40 mil emprestado?”.

Silvana Rocha
Estadao Conteudo
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