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terça-feira, 16 de abril de 2024

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Dólar cai após dados de inflação aqui e nos Estados Unidos

Depois de acumular alta de 2,7% em seis pregões de maio, o dólar desacelerou nesta quinta-feira, 10, em relação ao real. A moeda americana só operou em baixa ao longo do dia e recuou 1,35% no fechamento, para R$ 3,5493. A divisa oscilou da mínima de R$ 3,5426 (-1,53%) à máxima de R$ 3,5843 (-0,37%).

O sossego no mercado veio depois da divulgação de indicadores de inflação aqui e nos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em abril ante março, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,3% do CPI. Esse dado afastou, pelo menos por hoje, a preocupação em relação a pressões inflacionárias na economia americana. Como resultado, o título de 10 anos operou em baixa (1,26%) e o dólar caiu em relação às moedas emergentes. Por volta das 17h, o dólar recuava em relação ao rublo (-2,21%), ao rand (-2,05%); ao peso mexicano (-1,69%) e ao peso chileno (-1,32%).

Por aqui, o IPCA apresentou variação de 0,22% em abril, resultado abaixo da estimativa do Itaú (0,30%) e da mediana das expectativas de mercado (0,28%). O índice havia registrado variação de 0,09% no mês anterior e 0,14% em abril do ano passado. Com isso, acumulou alta de 0,92% no ano – o menor nível no período desde a implantação do Plano Real. O dado mais fraco para a inflação enterrou de vez qualquer especulação sobre a possibilidade de a valorização do dólar afetar a decisão do Banco Central na reunião do Copom semana que vem.

“O mercado, de fato, se assustou com essa alta recente do dólar e puxou a curva de juros e, por alguns dias, o que era certo para a reunião de semana que vem deixou de ser. Mas depois desses dados de hoje do IPCA, as curvas deixaram de lado qualquer incerteza de nova redução da Selic”, afirmou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves. “Em um regime de metas de inflação, o BC tem de olhar a inflação, não o câmbio. O correto é se preocupar com o câmbio só se houver evidência de que está havendo repasse de preços, o que não está ocorrendo, também em função da atividade econômica, ainda muito fraca”, afirmou. Lima Gonçalves reforça que o câmbio, a R$ 3,50, não oferece, na conta dos economistas, risco para a inflação. “Se ele ficar acima disso é possível que haja algum impacto, mas é preciso esperar para ver”, disse.

Ana Paula Ragazzi
Estadao Conteudo
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